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quinta-feira, 28 março 2024

Seguir a Jesus no Irã é uma escolha perigosa

Foto: Reprodução/Imagem Ilustrativa

Escolher a Jesus custou sua liberdade, a separação de seus parentes e o exílio

Ester cresceu em uma família muçulmana, mas seu irmão ouviu de Jesus através de um comerciante vizinho e se converteu. Quando seu irmão compartilhou as boas novas com Ester, ela decidiu entregar sua vida a Jesus também. Mas no Irã é ilegal deixar de ser muçulmano para se tornar cristãos e no momento que ela disse sim a Jesus, ela também disse sim a uma vida difícil e cheia de perseguição.

Assim que se converteu, ela também se juntou a uma pequena comunidade de cristãos clandestinos que iniciaram uma igreja. Por fim, Ester ajudou a discipular outras mulheres iranianas e trabalhou com crianças pequenas.

“Todo o tempo temos que ser secretos e devemos ter cuidado com a nossa fé”, diz ela. “Não podemos ir a uma igreja oficial, pois essas são destinadas a estrangeiros. Então nos reunimos em casas. Louvamos adoramos cantando baixo para que os vizinhos não escutassem nossa adoração ou saibam que ali funciona uma igreja doméstica”.

O governo iraniano controla todas as facetas da vida pública – e todos os casamentos devem ser feitos sob a autoridade islâmica. Ester e seu futuro marido mantinham sua fé escondida do governo para que pudessem se casar. “É tão difícil. Portanto, devemos manter nossa fé escondida, ou mais problemas talvez surjam ”, diz ela.

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Mais tarde eles tiveram um bebê, um menino. Mas no Irã, é difícil manter sua fé escondida do governo por muito tempo. A polícia secreta frequentemente se infiltra em comunidades cristãs clandestinas, fingindo ser novos convertidos, participando das reuniões e depois prendendo congregações inteiras. Ela e o esposo estavam sempre pendendo entre a prisão ou exílio.

Certa noite, enquanto a igreja de sua casa se reunia, a polícia invadiu a reunião secreta. “Naquela noite, o governo nos pegou”, diz Ester, “eu e uma outra irmã não fomos para a cadeia, mas todas as pessoas que estavam conosco foram presas”. A polícia deixou que Ester e outras mulheres cuidassem de seus filhos, mas as as intimaram para um interrogatório no dia seguinte. Durante o interrogatório, a polícia secreta disse a ela e ao marido que eles tinham provas sobre suas atividades cristãs. “Tudo mudou em sua vida”, disse a polícia a Ester e seu marido. “Nós sabemos que você é cristão e tem atividades de igreja em sua casa”.

“Escolhemos permanecer com nosso filho e criá-lo à luz do Evangelho”

Os interrogatórios entraram e saíram por mais de um mês. A polícia secreta vasculhou a casa deles e muitas vezes ameaçou o casal com o fato de que, se não rejeitassem o cristianismo, logo seriam presos e não veriam o filho novamente. O assédio foi incessante. Quando você se torna um cristão no Irã, as consequências se espalham para toda a sua família.

Então, as autoridades do país deram a Ester e seu marido a oportunidade de recomeçar. Durante o último interrogatório, eles entregaram a Ester um documento em que eles negavam a sua fé em Jesus. Era só assinar e as coisas voltariam a ser como eram. “Era uma experiência nova para mim. Mas se tiver de escolher, escolho a Jesus”. Eles não assinaram os papéis.

De perseguidos a perseguidosEm determinadas situações, o governo iraniano faz vistas grossas a alguns cidadãos que queiram deixar o país. “Nós aproveitamos essa situação e escapamos”, diz Ester. Com o pretexto de uma viagem turística a Istambul, ela e o filho saíram do país. O marido os encontrou uma semana depois. “Era ficar no Irã e ser presos ou viver livre em outro lugar. Escolhemos permanecer com nosso filho e criá-lo à luz do Evangelho”. Eles nunca mais voltaram.

De certa forma, a família de Ester deixou uma perseguição em troca de outra. A vida na Turquia para os refugiados iranianos é um caminho difícil. É difícil encontrar trabalho, há um novo idioma para aprender, os refugiados precisam fazer check-in nas delegacias de polícia próximas regularmente e são frequentemente tratados como cidadãos de segunda classe. Além disso, ser cristão na Turquia não é muito diferente do que no Irã. Lá também há perseguição, é proibido adorar em público e fazer evangelismo. A Turquia está no 37º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2019, pesquisa anual da Portas Abertas que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.

Quando você se torna um cristão no Irã, as consequências se espalham para toda a sua família

Mas quando perguntada se tudo isso valeu a pena, o casal não vacila em responder: “Sim. Somos cristãos e sabemos que há perseguição para nós. Aqui, no Irã ou em outro país do Oriente Médio, sabemos que seremos sempre perseguidos”. Mas isso não os abala. Eles continuam se reunindo em casa, recebendo outros cristãos e falando do amor de Jesus a quem encontram. Apesar da perseguição, eles não têm dúvida quando são questionados sobre sua fé. Em qualquer situação, eles escolhem a Jesus.


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