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sexta-feira, 4 DE outubro DE 2024

Rússia e China vetam resolução dos EUA de trégua em Gaza

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A votação no Conselho de Segurança de 15 membros foi de 11 membros a favor, três contra e uma abstenção - Foto: Reprodução - ONU News

Cessar-fogo proposto pelos EUA é mais um capítulo no recente embate contra Israel, que deseja continuar a incursão em Rafah, no sul do enclave

A Rússia e a China vetaram nesta sexta-feira (22) uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) patrocinada pelos EUA que apela a “um cessar-fogo imediato e sustentado” na guerra Israel-Hamas em Gaza para proteger os civis e permitir que a ajuda humanitária seja entregue a mais de 2 milhões de palestinos famintos.

A votação no Conselho de Segurança de 15 membros foi de 11 membros a favor, três contra e uma abstenção.

Antes da votação, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse que Moscou apoia um cessar-fogo imediato, mas questionou a linguagem da resolução e acusou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, de “enganar a comunidade internacional” por “razões politizadas”.

Expectativa pela aprovação

É raro que os EUA apoiem – e muito menos apresentem – uma resolução à qual Israel se opusesse na ONU, um fórum onde Washington tem tradicionalmente usado o seu veto no Conselho de Segurança para proteger Israel de propostas a que se opõe.

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Os EUA bloquearam resoluções anteriores apelando por um cessar-fogo humanitário em Gaza às quais Israel se opôs, incluindo uma de fevereiro, porque não apelava à libertação de reféns. Um projeto alternativo circulado pelos EUA na época pedia um cessar-fogo temporário.

Nas últimas semanas, porém, o número de mortos aumentou e o sofrimento em Gaza escalou, e Israel ameaçou invadir Rafah, a cidade do sul de Gaza onde mais de um milhão de pessoas estão abrigadas. Autoridades dos EUA dizem que passaram a ver a ONU como um meio de pressionar Israel a interromper os combates por motivos humanitários.

O governo de Israel, determinado a eliminar o Hamas de Gaza, diz que erradicar os militantes de Rafah, o seu último reduto, é fundamental para os seus objetivos de guerra. “Se você deixar quatro batalhões em Rafah, você perderá a guerra, e Israel não vai perder a guerra”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, na quinta-feira, 21.

“Com ou sem os Estados Unidos, não vamos fazer isso. Não temos escolha”, disse ele, falando no podcast “Call Me Back” de Dan Senor. Com informações de Agência Estado

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