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quinta-feira, 28 março 2024

Rugby sobre rodas do Brasil trabalha para estreia em Mundial

Foto: Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados

O Brasil foi sorteado no Grupo B do Mundial, mesma chave da Austrália, Japão, Canadá, Colômbia e da anfitriã Dinamarca

Na Paralimpíada de Tóquio (Japão), o Brasil só não esteve representado em duas modalidades: basquete e rugby em cadeira de rodas. Para ambas, porém, o ciclo de Paris (França) começou bem, com a classificação das seleções aos respectivos Campeonatos Mundiais. No caso do rugby, será a estreia brasileira na oitava edição do evento.

A competição ocorrerá em Velje (Dinamarca), entre 8 e 17 de outubro. A equipe terá uma última fase de preparação, no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), em São Paulo, entre 10 e 16 de setembro, mês seguinte à realização do Campeonato Brasileiro – primeira e segunda divisões – de rugby em cadeira de rodas, de 15 a 17 de agosto, também no CTP.

A vaga inédita no Mundial veio com o terceiro lugar no Campeonato das Américas, realizado em Medelín (Colômbia), em março. Na primeira fase, os brasileiros venceram Chile (62 a 8) e Argentina (65 a 32) e foram derrotados por Canadá (33 a 57), Estados Unidos (38 a 60) e pelos anfitriões (39 a 45). Na semifinal, a seleção novamente não resistiu aos canadenses (35 a 52), mas conseguiu a revanche com os colombianos na disputa do bronze, fazendo 54 a 52 nos donos da casa. Os mesmos que, em 2019, deixaram o Brasil fora do pódio nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru).

“Sempre brigamos com a Colômbia como terceira potência das Américas, então sabíamos que teríamos chance. Fizemos um trabalho específico com relação a eles, que seriam nossos adversários diretos [pelo terceiro lugar e a vaga no Mundial], já que Canadá [país onde surgiu o rugby em cadeira de rodas] e Estados Unidos [prata em Tóquio e maior campeão mundial, com quatro títulos] estavam um patamar acima. Tivemos uma preparação física maior, mais horas de treino e o grupo ficou mais coeso”, emendou o capitão Guilherme Camargo.

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A campanha em Medelín ficou marcada também pelo falecimento de Luiz Claudio Pereira, ex-presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC). Ex-atleta paralímpico de arremesso de peso, lançamento (dardo e disco) e pentatlo, além de quinto maior medalhista do país em Paralimpíadas (nove ao todo, seis douradas), ele era o chefe da delegação na Colômbia e a viagem marcaria o fim do ciclo na entidade. A morte de Luiz Cláudio ocorreu um dia antes da estreia no Campeonato das Américas.

O Brasil foi sorteado no Grupo B do Mundial, mesma chave da Austrália, Japão (atual campeão e bronze em Tóquio), Canadá, Colômbia e da anfitriã Dinamarca. No Grupo A, ficaram Grã-Bretanha (atual campeã paralímpica), Estados Unidos, França, Nova Zelândia, Suíça e Alemanha. Os dois primeiros de cada chave avançam às semifinais. As equipes que ficarem nos terceiros e quartos lugares disputam um mata-mata valendo a quinta posição geral, enquanto as que forem as duas últimas dos respectivos grupos competem pela nona colocação do campeonato.

Rumo à Paris

O Mundial é o primeiro passo rumo à Paris, já que o vencedor assegura vaga antecipada aos Jogos. A próxima oportunidade será no Parapan de Santiago (Chile), no ano que vem, que classifica o medalhista de ouro à Paralimpíada – se for a mesma seleção campeã do mundo, o vice fica com o lugar. Ao Brasil, chegar à França seria histórico, pois a única participação paralímpica foi em 2016, no Rio de Janeiro, como país-sede.

No ciclo de Tóquio, os brasileiros disputaram, em março de 2020, a repescagem mundial em Vancouver (Canadá). O torneio reuniu sete equipes, em sistema de pontos corridos, no qual os quatro primeiros avançaram às semifinais e os dois finalistas se classificaram para os Jogos. A seleção, porém, não resistiu a suíços, alemães, canadenses, franceses, colombianos e suecos.

A modalidade

O rugby em cadeira de rodas é praticado por homens e mulheres, sem divisão por gênero, com tetraplegia ou grau elevado de comprometimento físico-motor. Os competidores são divididos em sete classes, que vão de 0,5 ao 3,5, variando a cada meio ponto. Quanto menor o número da categoria, maior a deficiência. A soma das classes dos atletas em quadra (quatro por time) não pode passar de oito.

O jogo tem quatro períodos de oito minutos e ocorre em uma quadra com dimensões de basquete (15 metros de largura por 28 metros de comprimento). Para pontuarem, os atletas devem ultrapassar a linha do gol rival com as duas rodas da cadeira e a bola (que é semelhante à do voleibol) em mãos.

Com informações Agência Brasil

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