Resolução aprovada no Conselho de Segurança exige o cessar-fogo imediato, libertação de todos os reféns e ampliação da ajuda humanitária em Gaza
O Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta segunda-feira, 25, uma resolução exigindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza durante o mês do Ramadã e a libertação imediata e incondicional dos reféns que são mantidos pelo Hamas desde o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023. A resolução, que determina ainda a “necessidade urgente de expandir o fluxo” de ajuda para Gaza, obteve 14 votos a favor, com a abstenção dos Estados Unidos.
O Ramadã, um mês sagrado para os muçulmanos do mundo inteiro, começou no dia 10 de março e se estende até 10 de abril.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, está em Washington (EUA) nesta segunda-feira para discutir os planos dos EUA sobre como o conflito em Gaza, enquanto as negociações para um cessar-fogo temporário tiveram um impasse depois que os negociadores não conseguiram superar as principais divergências entre Israel e o Hamas, disseram mediadores árabes.
Os principais negociadores do governo de Israel deixaram Doha, no Catar, no fim de semana, em meio a impasse com o Hamas sobre quando os civis deveriam ser autorizados a retornar ao norte de Gaza e a proporção de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca de reféns israelenses.
O Hamas pressiona para o regresso imediato dos civis ao norte de Gaza, após muitos terem deixado a região na sequência de pedidos militares israelenses para que evacuassem a área. Israel insiste em um fluxo gradual de civis para o norte, que começaria apenas duas semanas após a assinatura do acordo, segundo autoridades egípcias. Israel também reagiu contra a troca de 30 prisioneiros palestinos condenados por crimes graves por cada mulher soldado israelenses mantida refém pelo Hamas.
O fracasso no alcance de um acordo pode acelerar o cronograma de Israel de lançar uma operação planejada no sul de Gaza, o que provavelmente prejudicará as relações com os EUA. Também poderia diminuir as esperanças de um grande esforço de ajuda humanitária no enclave, onde o quadro de fome e a escassez de suprimentos médicos são generalizados, de acordo com organizações internacionais. Com informações de Agência Estado