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quarta-feira, 27 março 2024

Relatório sugere que coronavírus escapou de laboratório

Foto: Reprodução

Uma reportagem publicada pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, levanta diversas hipóteses que contrariam o que o governo Chinês disse para as autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por Marlon Max

Um relatório da inteligência dos Estados Unidos descobriu que vários pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, adoeceram em novembro de 2019 e tiveram que ser hospitalizados. Um novo detalhe sobre a gravidade de seus sintomas que pode alimentar mais debates sobre as origens da pandemia do novo coronavírus.

A principal suspeita, levantada pela reportagem, é de que o vírus Covid-19 possa ter escapado de um laboratório chinês. Os detalhes do relatório vão além de um informativo do Departamento de Estado, emitido durante os últimos dias do governo Trump, que dizia que vários pesquisadores do laboratório, um centro de estudo de coronavírus e outros patógenos, adoeceram no outono de 2019 “com sintomas consistentes com Covid-19 e doença sazonal comum.”

O assunto ganhou força nos principais jornais do mundo. A divulgação do número de pesquisadores, do momento de suas doenças e de suas visitas hospitalares acontece na véspera de uma reunião do órgão de decisão da Organização Mundial da Saúde, que deve discutir a próxima fase de uma investigação sobre as origens da Covid-19 . O governo Chinês mantém a versão na qual explica que o coronavírus surgiu de uma contaminação alimentar, advinda de uma espécie de morcego.

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De acordo com o The Wall Street Journal, funcionários atuais e ex-funcionários familiarizados com a inteligência sobre os pesquisadores de laboratório expressaram opiniões diferentes sobre a força das evidências de apoio para a avaliação. Uma pessoa disse que foi fornecido por um parceiro internacional e era potencialmente significativo, mas ainda precisava de mais investigação e corroboração adicional.

Aumenta a disputa de narrativas

O que se sabe até o momento é que, em novembro de 2019, quando muitos epidemiologistas e virologistas acreditavam que o SARS-CoV-2, o vírus por trás da pandemia, começou a circular pela cidade chinesa de Wuhan. Porém, as autoridades chinesas só reportaram o primeiro caso quando um homem que adoeceu em 8 de dezembro de 2019.

O Instituto Wuhan não compartilhou dados brutos, registros de segurança e registros de laboratório em seu extenso trabalho com coronavírus em morcegos, que muitos consideram a fonte mais provável do vírus.

A China negou repetidamente que o vírus escapou de um de seus laboratórios. No domingo (23), o Ministério das Relações Exteriores da China citou a conclusão de uma equipe liderada pela OMS, após uma visita ao Instituto de Virologia de Wuhan, ou WIV, em fevereiro, de que um vazamento de laboratório era extremamente improvável.

“Os EUA continuam a exagerar a teoria de vazamento de laboratório”, disse o Ministério das Relações Exteriores em resposta a um pedido de comentário do jornal americano. “Ele está realmente preocupado em rastrear a fonte ou em tentar desviar a atenção?”, perguntou.

Depois de uma estadia de quatro semanas em Wuhan no início deste ano, um estudo conjunto da OMS e especialistas chineses em março classificou o incidente de laboratório “altamente improvável”.

Conspiração ou fato

Caracterizada por céticos como uma teoria da conspiração, a hipótese de que a pandemia poderia ter começado com um acidente de laboratório atraiu mais interesse de cientistas que reclamaram da falta de transparência por parte das autoridades chinesas ou de provas conclusivas para a hipótese alternativa: de que o vírus era contraído por humanos de um morcego ou outro animal infectado fora de um laboratório.

Muitos proponentes da hipótese do laboratório dizem que um vírus que foi transportado por um morcego infectado pode ter sido trazido ao laboratório para que os pesquisadores pudessem trabalhar em vacinas potenciais – apenas para escapar.

Embora a hipótese do laboratório esteja sendo levada mais a sério, inclusive por funcionários do governo Biden, o debate ainda é marcado por tensões políticas, inclusive sobre quanta evidência é necessária para sustentar a hipótese.

Com informações do The Wall Street Journal 

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