Somente em março, foram 27 ataques a aldeias, que deixaram 225 cristãos mortos. Mais de mil famílias fugiram de suas casas.
Não é de hoje que cristãos nigerianos estão sofrendo perseguição. Segundo o relatório de Direitos Humanos International Christian Concern (ICC), 225 cristãos morreram em março. Mais de mil famílias foram obrigadas a fugir de suas casas. Igrejas foram queimadas e muitas propriedades destruídas. Foi o mês mais violento nos últimos dois anos
Os ataques são coordenados por milícias islâmicas da etnia fulani. Segundo a ONG, os jihadistas já superam o Boko Haram como a maior ameça na região norte da África. Em mais de 75% dos casos, os fulani atacaram civis desarmados e indefesos. Já o Boko matou 37 pessoas no mesmo período. A maioria era militares envolvidos em combate.
Além de matar e expulsar os cristãos das aldeias, os jihadistas ficam com suas terras, animais e propriedades. “Esta situação séria requer uma resposta séria”, diz o documento da ICC.
Outros relatórios apontam que os homens estavam fortemente armados e alguns ataques tiveram cobertura até de helicóptero. Mas, segundo a ICC, o governo nigeriano vem tratando isso como conflitos étnicos. E não tomou nenhuma medida eficaz para que a perseguição acabe. O presidente Muhammadu Buhari é muçulmano e há vários relatos que ele ignora as denúncias contra os jihadistas.
Com informações de Persecution
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