A declaração é do pastor Andrew Brunson ao relatar o tempo de angústia em que ficou preso na Turquia em prol do Evangelho. “Havia graça e muitas orações me sustentando”, disse
Durante a Conferência de Pastores da Convenção Batista do Sul, realizada essa semana em Birmingham, Alabama (EUA), o pastor Andrew Brunson e sua esposa Norine falaram sobre as dificuldades que sofreram por conta da perseguição religiosa na Turquia.
Diante de milhares de pessoas, o casal explicou como era o teste do processo. Em suas observações, o pastor Andrew disse que houve momentos em que pensou em suicídio. Ele ficou preso em Izmir, por cerca de dois anos e meio. A cidade é o mesmo lugar em que um bispo cristão do século 2 foi martirizado pelo Evangelho. Andrew inspirou orações ao redor do mundo.
“Eu busquei a presença de Deus e intimidade com Ele por anos e finalmente a provei”, disse Andrew Brunson, observando como era uma luta brutal e confusa. E muitas vezes orava ao Senhor dizendo: “Deus, se eu sair dessa situação, vou ter um testemunho da minha fraqueza e da Sua força”, contou.
Ele não esperava que fosse sofrer tanto, mas depois leu mais sobre aqueles na história das missões que foram perseguidos por causa de sua fé e também quiseram morrer em meio ao abuso que sofreram. “Esta é a realidade do sofrimento e da perseguição. É muito, muito difícil … isso me forçou além do que eu poderia suportar, mas havia graça e havia muitas orações me sustentando”, relatou.
O pastor contou que resolveu mudar seu foco sobre o legado de fé que ele passaria para seus filhos e resolveu lutar por sua fé. Em 2009, Deus falou com Brunson sobre um movimento de Deus chegando à Turquia, mas que isso aconteceria em tempos difíceis.
Encorajamento da Esposa
Por um tempo ele nem sequer teve permissão para ter uma Bíblia em sua cela de prisão. Quando ele finalmente conseguiu ler uma, acabou passando muito tempo em Filipenses e em 2ª Timóteo. E foi especialmente encorajado pelas palavras do apóstolo Paulo sobre terminar bem a corrida da fé.
A esposa de Brunson era a única que tinha permissão para visitá-lo e só tinha cerca de 35 minutos por semana para vê-lo. O casal falava por telefone através de vidro reforçado. “Eu acho que a dificuldade maior é que não há promessas [nas Escrituras] quando se trata de perseguição. Não há promessas de que estaremos livres disso, somente a de que seremos perseguidos”.
O pastor Brunson disse que sua esposa o encorajava, falava sempre a verdade e até mesmo o exortava: “ela era uma leoa”.
Quando Brunson foi finalmente libertado e voltou para os Estados Unidos em outubro, eles pararam na Casa Branca, onde o casal orou pelo Presidente Trump no Salão Oval.
*Com informações de Christian Port
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