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quinta-feira, 28 março 2024

O relato de dor e sofrimento de um sobrevivente ao Covid-19

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Foto: Reprodução/ facebook

“Orei por misericórdia de Deus”, declarou Kevin Harris. Em sua conta no instagram, ele relatou dor e sofrimento por sobreviver ao Covid-19

Nos EUA, um paciente, sobrevivente ao coronavírus relatou a experiência de dor excruciante que a contaminação o causou. Kevin Harris, 55 anos, afirmou que em certos momentos “suplicava a misericórdia de Deus”, pois tinha a impressão de que não suportaria muito mais.

Os médicos do Hospital St. Joseph, em Warren, tinham certeza de que Kevin Harris estava com pneumonia. Três dias depois, veio o diagnóstico: coronavírus. Um dos médicos tinha lágrimas nos olhos quando Kevin perguntou se ele iria viver. Outro médico apenas deu de ombros e murmurou: “Eu não sei”.

“Eles me disseram que não tinham uma cura”, disse Harris ao portal New York Post do seu quarto de hospital, onde ele ainda estava ligado ao oxigênio. “Eu só queria que eles me dissessem se iria viver ou morrer”, acrescentou.

O homem, que tem quatro filhos e três netos acredita que foi exposto ao coronavírus em outro hospital, quando foi a um encontro que acabou sendo cancelado. Dias depois desse evento, não conseguia parar de tossir. Mais um dia, e ele estava com febre e dores de cabeça.

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Dores no corpo

Segundo Kevin, a pior parte foram as dores no corpo. “A dor é fora do comum. Tudo dói, nariz, dedos dos pés e orelhas. Eu fiquei como uma grande bola de dor”, afirmou, contando que chorou “como uma garotinha” quando saiu da cama para se sentar numa cadeira próxima.

Três dias após seus primeiros sintomas a febre começou a diminuir. Parecia que ele poderia melhorar. Mas depois os sintomas voltaram. E ele sentiu que estava sufocando toda vez que respirava. “Imagine seus pulmões ficando sólidos. É como sufocar sem segurar o nariz”, descreveu.

Kevin Harris é dono de uma oficina de automóveis e normalmente caminha 8 quilômetros todos os dias, o que tornou sua situação ainda mais difícil: “Toda vez que me deitava, minha respiração fica cada vez mais baixa. Eu pensei que meus pulmões iriam falhar. Eu estava gritando por misericórdia e orando a Deus”.

A luta para sobrevivência

Kevin foi o primeiro caso de coronavírus daquele hospital. Mas, segundo ele, os médicos disseram que tentariam de tudo para que ele sobrevivesse. “O médico me disse: ‘Olha, eu já estive ao telefone com pessoas de todo o mundo que estão tentando tudo o que podem. Nós não vamos deixar você morrer’”.

Ele recebeu um coquetel de vitaminas, incluindo muita vitamina C, remédio para tosse, um medicamento antiviral experimental, uma vacina contra a malária e antibióticos. E os médicos explicaram que aquela era uma tentativa de impulsionar o sistema imunológico. Junto com isso, eles aconselharam que Kevin orasse.

Depois de quase duas semanas, a febre acabou. E isso permitiu que ele caminhasse sem  ajuda de um andador para ir ao banheiro. A essa altura, ele descreve que a escala de dor era metade do que sentia antes. Porém, continua em completo isolamento. E a cada seis horas, sua temperatura era medida pela equipe médica usando luvas, um terno de papel amarelo e uma máscara facial.

Melhora gradativa

Ainda recebendo medicamentos para tosse e dor, Kevin ouviu do Dr. Huong Nguyen, infectologista do hospital, que ainda não está fora de perigo, mas que está melhorando gradualmente. E que pode levar alguns meses até que ele esteja de pé novamente.

“Eu estava com medo do pior. Ele é um cara durão e já passou por muita coisa, então ouvi-lo me dizer que achava que não superaria isso foi triste e assustador”, disse a filha de Kevin, Kamron Khan, que é enfermeira. Kevin Harris aprendeu que todos precisam estar prontos para o coronavírus: “As pessoas precisam levar isso a sério. O vírus é um monstro tentando te matar”.

* Com informações de Fox 8 e New York Post 

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