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sábado, 20 abril 2024

Família em Casa: Lugar de Refúgio ou Campo de Batalha?

A Família é hoje um ajuntamento de pessoas na mesma casa, com os filhos sem escola e os pais sem trabalho ou trabalhando em casa

Este é um momento singular, de notícias pessimistas e alarmantes, remetendo a alguns filmes de ficção que já vimos. O que era uma realidade em um país distante, agora bate em nossas portas, trazendo a imposição para que todos se refugiem em suas casas como lugar de proteção e cuidados contra um vírus avassalador que devasta a saúde, a economia, atingindo todos os segmentos da sociedade.

Sair de casa é sair para um campo minado, como em um cenário de guerra, e correr o risco de trazer o inimigo mortal para dentro de casa. É um momento propício para reflexões: A Família refugiada em casa – surpreendentemente em casa.

Essa questão sobre a família tem pulsado de forma intensa em nossa mente nestes dias difíceis: Lugar de Refúgio ou Campo de Batalha?

A Família é hoje um ajuntamento de pessoas na mesma casa, com os filhos sem escola e os pais sem trabalho ou trabalhando em casa, em decorrência da ameaça do vírus ameaçador. Isto é fato. Mas será apenas um ajuntamento onde o convívio por dias seguidos tem tornado visível e denunciado as consequências dos anos seguidos de isolamento e de superficialidade relacional? Será que o convívio intempestivo está expondo as diferenças não tratadas, as queixas silenciosas, as mágoas guardadas e as doenças camufladas?

Neste cenário, os filhos são expostos a um convívio que denuncia, muitas vezes, que a ameaça externa aponta também para um vírus interno, que contamina a alma e destrói os relacionamentos. Que vírus está matando mais?

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“Mas, se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não serem mutuamente destruídos”. Gálatas 5.15(NVI)”

Há uma morte subjetiva que se anuncia também ameaçadora, quando o vírus da discórdia e do desamor impede que o Amor, o oxigênio da alma, vitalize os relacionamentos familiares. Quando o fluxo do amor é obstruído, morre-se cada dia um pouco mais. São mortes subjetivas que matam mais que as mortes físicas e nem sempre são perceptíveis.

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida”. Provérbios 4.23 (ARC)”.

Quando o fluxo do amor é obstruído, cônjuges e filhos são contaminados e as consequências são transmitidas às gerações seguintes.

“Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade”. Salmo 46.1 (BKJ)”

Portanto, diante da ameaça externa, todos somos convocados a olhar nossa família para além do que temos vivido nesse rápido convívio que as atividades diárias nos impõem. Em tempos de adversidades, o lar é o lugar onde a Família se refugia, não para ser apenas um ajuntamentos de pessoas, mas para restaurar o propósito original de ser um lugar de reconciliação, de cura, de amor e paz, e de perdão: o lugar que aponta para o refúgio do altíssimo.


Ilma Cunha é Diretora Executiva na DINAMIZE Consultoria e Treinamento Ltda

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