26.6 C
Vitória
terça-feira, 19 março 2024

Receita: 1ª alta na arrecadação indica recuperação econômica, diz Malaquias

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Verificamos que o crescimento das compensações tributárias foi usado para quitar os valores diferidos”, explicou Malaquias

Por Eduardo Rodrigues (AE)

O chefe do centro de estudos tributários e aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou que o crescimento da arrecadação em agosto indica a recuperação da economia após o pior momento da crise decorrente da pandemia de covid-19. “Os principais indicadores macroeconômicos já indicam a recuperação da atividade econômica”, enfatizou.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 124,505 bilhões em agosto, o melhor resultado para o mês desde 2014. O número representa um aumento real (descontada a inflação) de 1,33% na comparação com o mesmo mês de 2019, a primeira alta nessa comparação anual desde janeiro.

A retomada do pagamento de impostos diferidos durante a pandemia chegou a R$ 17,294 bilhões em agosto, enquanto a Receita esperava receber R$ 23,220 bilhões naquele mês – 25,52% a mais do que foi efetivamente pago.

- Continua após a publicidade -

“Verificamos que o crescimento das compensações tributárias foi usado para quitar os valores diferidos”, explicou. O Fisco destacou que as compensações tributárias cresceram 97,88% no mês em relação a agosto de 2019, chegando a R$ 18,096 bilhões.

O recolhimento de IRPJ e CSLL por estimativa mensal caiu 31,60% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já a apuração por balanço trimestral apresentou alta de 19,94% na mesma comparação. No lucro presumido, houve queda de 3,19%.

Otimismo

Após o resultado positivo da arrecadação de agosto, Claudemir Malaquias, disse que o Fisco está muito otimista com o desempenho das receitas em setembro. “Já passamos do ponto de inflexão e estamos em trajetória ascendente da arrecadação. A arrecadação de setembro será positiva e muito melhor que a de agosto”, projetou.

Para Malaquias, as medidas anticíclicas adotadas pelo governo durante a pandemia de covid-19 foram bastante assertivas e possibilitarão uma retomada mais rápida da economia. “As medidas buscaram preservar a saúde das empresas e estamos com uma visão otimista sobre retomada da economia. O diferimento de tributos, a liberação de crédito e as medidas para a preservação do emprego possibilitaram uma retomada mais forte das empresas”, completou.

IOF zero

Malaquias, disse, ainda, que o governo debate uma nova prorrogação – até o fim de 2020 – da suspensão da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre operações de crédito.

A suspensão da cobrança foi anunciada no começo de abril, por 90 dias, e renovada por mais 90 dias em julho. Segundo a Receita Federal, a medida custará R$ 14 bilhões ao governo nesses 180 dias.

“O IOF é tributo regulatório, que pode ser flexibilizado a depender da situação econômica. O governo discute sim a prorrogação dessa medida de IOF no crédito até o fim deste ano. Isso pode ser discutido também para 2021, se houver necessidade, mas não há nada ainda que aponte para isso”, completou.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -