back to top
24.9 C
Vitória
sábado, 19 DE abril DE 2025

Quem educa seus filhos sobre sexo: você ou a internet?

Estudo mostrou que, entre a Geração Z, quase metade dos entrevistados citou as redes sociais como principal fonte de aprendizado sobre sexualidade

Pesquisa revela que jovens aprendem sobre sexualidade por meio da internet, pornografia e redes sociais, enquanto muitos pais ainda evitam o tema

Por Patrícia Esteves

Como você gostaria que seus filhos tivessem acesso a assuntos sobre sexo? Um estudo das instituições norte-americanas Pure Desire e Barna Group revelou que muitos jovens aprendem sobre sexualidade por meio de pesquisas online, pornografia, conversas com amigos e redes sociais. Isso revelou que jovens aprendem sobre o tema por fontes problemáticas, enquanto pais cristãos precisam se preparar para esse diálogo essencial.

O impacto disso é preocupante, pois a exposição precoce e distorcida do tema pode levar a concepções erradas sobre relacionamentos e intimidade. Diante desse cenário, o papel dos pais torna-se indispensável, mas muitos ainda se sentem despreparados para abordar o assunto dentro de casa.

- Publicidade -

O estudo mostrou que, entre a Geração Z, quase metade dos entrevistados citou as redes sociais como principal fonte de aprendizado sobre sexualidade. Em contraste, apenas 1 em cada 5 jovens mencionou a mãe como referência, e a influência paterna foi ainda menor. Isso revela uma lacuna significativa entre a educação sexual ideal, baseada em princípios saudáveis, e o que realmente acontece na prática.

Para muitos adolescentes, a pornografia acaba sendo uma fonte primária de informação, mas ela não reflete a realidade dos relacionamentos saudáveis. “Pornografia não envolve pessoas reais e saudáveis em relacionamentos amorosos. Ela retrata uma versão irrealista e até perigosa do sexo”, aponta o estudo. O problema se agrava quando jovens normalizam práticas vistas nesse contexto, sem discernir suas consequências.

Os dados indicam que a exposição precoce a esse conteúdo tem consequências alarmantes. Em 2021, mais da metade das mulheres universitárias relataram ter sido sufocadas por um parceiro sexual, e quase dois terços desse grupo afirmaram que isso aconteceu já no primeiro encontro, reflexo da influência da pornografia na percepção dos relacionamentos. Em outro relato, uma menina de 12 anos contou que foi estrangulada pelo namorado durante um beijo porque ele havia visto essa prática na pornografia e acreditava que era normal.

Como falar sobre sexo com os filhos antes que a internet o faça?

Os pais, quando munidos de uma compreensão saudável e bíblica sobre o tema, têm um papel crucial para mudar essa realidade. No entanto, muitas famílias ainda evitam conversas sobre sexualidade, o que faz com que os adolescentes busquem respostas em fontes externas. “A maioria dos lares não fala sobre sexo, então adolescentes e jovens presumem que não têm nada a dizer”, aponta o relatório.

Uma das chaves para mudar esse cenário é criar um ambiente de confiança e abertura dentro de casa. Em vez de reprimir ou evitar o tema, os pais podem iniciar conversas de maneira apropriada para a idade de seus filhos. “Os melhores conselheiros dos filhos devem ser os próprios pais. Professores e pastores podem ajudar, mas os pais têm sempre as melhores oportunidades”, pontua a psicóloga Magali Leoto, do Ministério Fortalecendo a Família.

Desconhecimento não pode ser desculpa para não ensinar. Segundo Magali, “os pais devem estudar o assunto para poder explicá-lo da melhor forma, pois os ouvintes são seu maior tesouro: os próprios filhos”.

Quem educa seus filhos sobre sexo: você ou a internet?
“Os melhores conselheiros dos filhos devem ser os próprios pais”, reforça Magali Leoto – Foto: Divulgação

Isso mostra como é importante mostrar-se aberto ao diálogo. Magali destaca que o tema da sexualidade deve ser introduzido naturalmente, conforme as dúvidas das crianças surgem, sempre com respostas adequadas à idade. Ela explica que a curiosidade infantil nem sempre tem conotação maliciosa, apesar da crescente erotização precoce. Os pais devem ter sabedoria para lidar com essas situações sem supervalorizá-las, orientando de forma cuidadosa e respeitosa.

A afetividade dentro da família é essencial para o desenvolvimento saudável da sexualidade, especialmente por meio do carinho e da proximidade entre pais e filhos. Na adolescência, as mudanças hormonais intensificam o interesse pelo sexo oposto, tornando a orientação familiar ainda mais necessária.

Magali enfatiza que, quando o sexo é tratado como uma bênção de Deus e não como tabu, os jovens enfrentam as tentações com mais segurança. Segundo ela, o papel dos pais é oferecer uma educação sexual fundamentada na Bíblia, indo além de dogmas e tradições culturais.

Sexo saudável

Modelar uma sexualidade saudável dentro de casa e manter o diálogo aberto pode fazer toda a diferença. Os pais não precisam ter todas as respostas, mas precisam estar dispostos a ouvir e a orientar. “Construir abertura leva tempo. Então, mesmo que seus filhos digam que não querem falar sobre esses tópicos, continue perguntando. Continue indicando que você sabe o que está online, que você não vai puni-los ou envergonhá-los e que você acolhe a curiosidade deles”.

Muitos pais, no entanto, sentem dificuldade de tratar do tema porque também não receberam uma orientação adequada em sua juventude. Além disso, algumas famílias carregam dores e desafios em sua própria vivência da sexualidade, o que pode tornar esse processo ainda mais delicado. Mas buscar informação e até mesmo apoio profissional pode ajudar.

Os filhos precisam saber que podem confiar nos pais para aprender sobre sexo e relacionamentos de forma saudável. “Ao assumir esse papel com amor e sabedoria, os pais podem garantir que seus filhos tenham uma visão saudável e bíblica sobre a sexualidade, em vez de se apoiarem em fontes distorcidas”, finaliza Magali Leoto.

LEIA MAIS
Vereadores analisam PL que proíbe símbolos cristãos em eventos LGBTQIA+ Vereadores analisam PL que proíbe símbolos cristãos em eventos LGBTQIA+ - A proposta é de autoria do vereador Eder Borges (PL), que sugere que a restrição seja aplicada tanto em espaços públicos quanto privados.
Mais de 31 mil pessoas participam de cruzada evangelística na Bolívia Mais de 31 mil pessoas participam de cruzada evangelística na Bolívia - O evento contou com a participação do evangelista Will Graham, neto do renomado pregador Billy Graham, que pregou com base na história de Caim e…

Receba notícias no seu WhatsApp

Receba as novidades no seu e-mail

Acompanhe nosso canal no Google news

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -