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quinta-feira, 28 março 2024

Quando a postura política sacrifica o evangelho

O Evangelho defende a vida como bem maior. O Evangelho prega a verdade e a sinceridade

Por Bento Adeodato Porto

Os líderes religiosos que apoiam Jair Bolsonaro devem dizer que o fazem porque concordam com as ideias e atitudes políticas dele. Como cidadãos, estes irmãos têm todo o direito de apoiar quem bem-quiserem para governar a nação. Porém, ninguém tem o direito de sacrificar as verdades do Evangelho para respaldar o seu escolhido político.

O Evangelho prega a verdade e a sinceridade; Bolsonaro mente e espalha mentiras para obter proveito político.

O Evangelho defende a vida como bem maior. Bolsonaro arma o povo, afrouxando as leis de controle de armamento.

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O Evangelho defende a vida como bem maior. Bolsonaro é o arauto da morte, que resistiu, enquanto pôde, a comprar vacinas contra Covid-19 e ainda sabotou as medidas de prevenção estabelecidas em lei, dando com isso mau exemplo para a população brasileira.

Enfim, Bolsonaro é instrumento de Deus? Creio que sim. Mas não é instrumento para ser modelo de líder virtuoso ou pessoa virtuosa cujo comportamento (inclusive os palavrões que profere) deva ser imitado.

Ao contrário, talvez (digo “talvez” porque nenhum homem consegue sondar os pensamentos de Deus) Bolsonaro tenha sido elevado a chefe da nação para revelar o que vai nos corações e nas mentes de muitos de nós, brasileiros: egoísmo, ódio, falta de misericórdia com os que erram, hipocrisia, apego ao poder político a qualquer custo, indiferença diante do sofrimento do próximo, bajulação dos ricos e poderosos – atitudes que vejo presentes no comportamento de Bolsonaro e de alguns (não digo de todos, mas alguns) de seus seguidores.

Que o Senhor Deus guarde e proteja o seu povo!

Bento Adeodato Porto é procurador federal aposentado

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