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quinta-feira, 6 DE fevereiro DE 2025

Qual é o limite da autoridade pastoral sobre a intimidade dos fiéis?

O grande desafio dos pastores hoje é ajudar o rebanho sem invadir a privacidade dele. Foto: Freepik

Em meio a uma geração que carece cada vez mais de ajuda, os limites e o bom senso precisam acompanhar o trabalho pastoral de modo a não invadir a vida pessoal dos membros

Por Cristiano Stefenoni

A atuação pastoral é de suma importância para a saúde espiritual da igreja. Nesse processo, além das ações coletivas, é necessário atentar para as demandas individuais de cada membro. Mas essa não é uma tarefa simples. Primeiro porque o comportamento humano envolve uma série de variáveis. Segundo, porque é preciso entender quais os limites da autoridade dos pastores sobre a intimidade dos fiéis.

Para o pastor Sandro de Oliveira Lopes, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Itapuã, a palavra-chave para esse tipo de situação é: limite. “Temos que ter limites claros e bem estabelecidos no relacionamento entre o pastor e os fiéis. O pastor não é e nem pode ser um invasor na vida de ninguém. É necessário um discernimento do fiel em sua relação com o seu líder e do líder para com o fiel”, justifica Lopes.

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Na opinião dele, o limite é algo que deve ser definido entre o membro da igreja e o pastor. “O limite tem que ser estabelecido por ambas as partes, para não correr o risco de se ter as vidas de ambos invadidas. Pode-se ajudar, sempre fazendo uma leitura correta e direcionada às demandas, certificando-se de que a ajuda e a opinião estão de acordo com a liberdade dada pelo fiel”, explica.

O pastor Sandro alerta, ainda, para a postura que o crente deve ter em sua vida pessoal, principalmente quando se trata de rede social. “É estranho o fato de as pessoas quererem privacidade, mas expondo suas vidas nas redes sociais, e, quando confrontadas, correta ou incorretamente, sentem-se invadidas. As redes sociais não são o melhor lugar para termos limites claros estabelecidos, muito pelo contrário. Temos que ser criteriosos em nossas escolhas, pois elas trazem consequências, e algumas delas são para a vida toda”, enfatiza.

Ele lembra que há diferença entre autoridade e autoritarismo, e que o ministro jamais deve se tornar um senhor da vida de seus membros. “A intimidade do indivíduo diz respeito somente a ele e não ao seu líder. Compete a ele expô-la ou não. A má utilização dessa autoridade está trazendo frutos negativos para o crescimento saudável do Evangelho no seio das pessoas.  Acredito que a melhor forma de lidar com essa questão é obtendo o conhecimento do Evangelho, de si mesmo e de sua liderança”, conclui.

 

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