back to top
20.5 C
Vitória
quarta-feira, 11 DE setembro DE 2024

PT tenta barrar mudança da Lei da Ficha Limpa no Congresso

pt_alteração_lei_ficha_limpa
O projeto de lei cria novas condições para o começo da contagem do prazo de inelegibilidade - Foto por: Pedro França - Agência Senado

Proposta diz que um candidato se torna inelegível somente em caso que implique cassação de registro ou diploma, o que beneficiaria o ex-presidente Bolsonaro

O PT no Senado apresentou no plenário da Casa uma proposta para tentar evitar que o projeto que altera a Lei da Ficha Limpa possa beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A votação estava marcada para esta terça, 3, mas, diante da falta de consenso sobre o tema, foi adiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A atual redação do projeto diz que um candidato só pode se tornar inelegível em caso que implique cassação de registro ou diploma, quando eleito. Segundo um dos idealizadores da Lei de Ficha Limpa, o ex-juiz Márlon Reis, como Bolsonaro perdeu o pleito e não foi diplomado, ele poderia se beneficiar da brecha legal.

O próprio Reis disse que se reuniu com senadores ligados ao governo para alertar sobre o que estava sendo votado. Essa proposta é criticada por movimentos da sociedade civil, que afirmam que se trata de um “grave retrocesso”.

“A Lei da Ficha Limpa adveio, primeiro, da vontade popular: é uma das raras leis de iniciativa popular que foram discutidas no Congresso Nacional, aprovadas nas duas Casas, que dialogou com o clamor da sociedade”, discursou o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

- Continua após a publicidade -

Interpretação

Randolfe é o autor da emenda que contornaria a possível interpretação da retomada da elegibilidade de Bolsonaro com o processo. A emenda altera a redação do texto de modo que a punição atinja candidatos que cometam a prática de abuso de poder econômico ou político e tenham decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado.

Na análise de urgência, realizada na semana passada, apenas o senador Eduardo Girão (Novo-CE) foi contra o projeto, votado de forma simbólica.

LEIA MAIS
tse_contas_eleições Partidos e candidatos têm até sexta (13) para prestar contas - O TSE ressalta ser fundamental cumprir a obrigação no prazo estabelecido, conforme calendário eleitoral
michelle_bolsonaro_indenização STJ condena revista a indenizar Michelle Bolsonaro - Segundo a decisão, matéria publicada pela revista IstoÉ em 2021 aborda 'questões de ordem puramente privada do casal presidencial'

Petistas evitaram mencionar o nome de Bolsonaro durante a discussão do projeto. Oposicionistas debocharam disso. “Aliás, nos discursos que eu ouvi de dois senadores do PT e do líder Randolfe, só faltaram falar o nome de Jair Bolsonaro”, afirmou Magno Malta (PL-ES).

O projeto de lei cria novas condições para o começo da contagem do prazo de inelegibilidade e, se aprovado, beneficiará mesmo candidatos que já foram condenados, encurtando o tempo de afastamento dos pleitos. Com informações de Agência Estado

Receba notícias no seu WhatsApp

Receba as novidades no seu e-mail

Acompanhe nosso canal no Google news

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -