Durante protesto contra fraude nas eleições nos EUA, líderes evangélicos do país condenaram a violência: “A violência é um ataque à democracia e ao governo representativo”, declarou o pastor Ralph Reed
Evangélicos e apoiadores do presidente Donald Trump condenaram a violência que marcou o protesto no Capitólio, em Washington, DC, na tarde da última quarta-feira, 06. A agressividade foi descrita como “perigosa para nossa república”.
Os manifestantes romperam as barreiras de segurança em volta do edifício do Capitólio e forçaram a evacuação no dia em que o resultado da contestada eleição seria certificada pelos legisladores e pelo vice-presidente Mike Pence.
No início do dia, milhares de apoiadores de Trump, incluindo alguns evangélicos, se reuniram na “Marcha Salve a América”, na qual o presidente discursou e reiterou as acusações de que houve fraude na eleição, direcionada para o benefício de seu adversário.
Ao longo da tarde, milhares de apoiadores de Trump quebraram as barricadas que cercavam o Capitólio dos EUA, com alguns manifestantes em confronto com a polícia. Dentro do Capitólio, as portas da Câmara e do Senado estavam trancadas, e uma mulher foi baleada e não resistiu.
Protesto sem violência
O presidente Donald Trump usou as redes sociais para pedir que o povo americano não use a violência nos protestos. O mesmo movimento foi feito por lideranças cristãs evangélicas que apoiaram seu governo e que são alinhadas com valores conservadores.
A pastora televangelista Paula White, conselheira espiritual de Trump, usou o Twitter para expressar sua decepção com a violência. Ela mesma havia comparecido à Marcha Salve a América” um dia antes.
“Sempre denunciei e denunciarei a violência, a ilegalidade e a anarquia em todas as formas. Tenho convicções profundas de que todas as pessoas devem ter proteção contra a Primeira Emenda e liberdade de expressão. Devemos ser capazes de fazer isso sem nos tornarmos violentos. Peço a todos que continuem orando”.
Outro que repudiou a violência foi Tony Perkins, pastor batista e um dos principais influenciadores políticos entre os evangélicos norte-americanos. Ele lidera o grupo conservador cristão Family Research Council, e usou as redes sociais para se opor à violência no Capitólio.
Da mesma forma, o ativista político evangélico Ralph Reed, que lidera a organização conservadora de base cristã Faith & Freedom Coalition, afirmou no Twitter que a violência é inaceitável. “A violência é um ataque à democracia e ao governo representativo. Recorrer à violência da turba não tem lugar na vida de nossa nação, e eu condeno e repudio isso. Não representa a causa de Cristo”.
Jack Graham, o pastor da Igreja Batista Prestonwood em Plano, Texas, que esteve presente em eventos na Casa Branca durante o governo Trump, também reprovou os limites ultrapassados: “A violência na capital do nosso país deve ser condenada e a lei e a ordem devem prevalecer. Ore por nosso país. Isso é de partir o coração”.
O evangelista Greg Laurie, pastor da Harvest Christian Fellowship que também participou de eventos na Casa Branca ao longo dos anos, disse estar “alarmado com as imagens” do Capitólio: “O protesto vibrante é americano. Violência e anarquia, não”.
Ele ainda enfatizou a necessidade de democratas e republicanos a se juntarem a ele na oração pelo país: “Ore por paz em nossas ruas, por proteção e sabedoria para nossos líderes”.
*Com informações de The Christian Post