Há quase 10 anos, projeto Águia leva o evangelho e alimentação a moradores em situação de rua
Em tempos de profunda incerteza e dificuldades que os mais vulneráveis enfrentam diariamente, há quem busca levar pela fé uma palavra de esperança e renovo através de uma boa alimentação. Essa é a realidade do projeto Águia, que há quase 10 anos atua em Campo Grande (MS), levando alimento físico e espiritual a moradores em situação de rua.
Com a participação de oito voluntários e liderado pela pastora Shirley Aguiar, o projeto nasceu da necessidade de expandir as reuniões de orações para algo que espalhasse pela sociedade nas ruas.
O projeto começou então ainda com seis voluntários no estacionamento do Mercadão Municipal. Em todas as sextas, eram servidos pratos de comida as pessoas necessitadas que além de comer, conversavam e trocavam experiências com os voluntários.
Na pandemia
Segundo a pastora Shirley, atualmente a ação sofreu mudanças devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus e para não haver aglomerações, o jantar agora é preparado todas as sextas-feiras pela própria pastora e dois voluntários do projeto distribuem as marmitas para as pessoas nas ruas e debaixo das pontes até que os trabalhos voltem ao normal pós pandemia.
“Para nós não é interessante só entregar marmitas, porque esse trabalho que a gente faz, queremos ter esse contato pessoal com eles, estar ali, colocar a comida no prato, jantar junto com eles, escutar, aqueles que querem ajuda e estão na dependência química, a gente encaminha, o fato de dar apenas um prato de comida é muito frio e o intuito não é esse”, conta.
Doação
O projeto que não tem apoio governamental depende de doações para continuar. Toda semana é publicado um pedido de doação de alimentos pelo Facebook. E há também pessoas que doam em dinheiro para fazer a compra desses alimentos. Sem doações, o projeto não consegue se manter fiel semanalmente.
Para a pastora, o projeto desde o começo é para ganhar vidas.
“Nós precisamos ter uma estratégia para ajudar essas pessoas, não adianta nada eu chegar nessas pessoas e falar da palavra de Deus ela estando com fome, não adianta, eu preciso levar o alimento no físico para eu atingir o espiritual deles, por isso que eu não gosto de fazer o trabalho entregando, eu gosto do contato pessoal com eles, o propósito é esse, para eles escutarem uma palavra de Deus”, explica.