O período de volta às aulas está chegando. Por ser uma época do ano em que os gastos aumentam, principalmente em virtude do pagamento de impostos e outros compromissos.
Para auxiliar o consumidor que não tem tempo para fazer a pesquisa de preços, o Procon de Vitória realizou um levantamento em quatro papelarias da capital e tentar ajudar a economizar na hora da compra do material escolar e constatou variações de preço de até 300%. Com mais de 80 itens, a pesquisa traz cadernos, fichários, canetas, lapiseiras, entre outros produtos bastante procurados nesta época do ano.
“No levantamento, encontramos variações significativas. São produtos que, analisados separadamente, podem não apresentar grande diferença, mas que, juntos, podem elevar o valor final da compra”, alertou o gerente do Procon, Carlos Magno Pimentel Junior.
A maior variação de preços encontrada foi no apontador simples. Enquanto num estabelecimento o produto pode ser adquirido por R$ 0,30, em outro o mesmo item é vendido a R$ 1,20, uma diferença de 300%.
Já na caixa de lápis de cor 24 cores Ecolápis de cor Grip triangular Lata da Faber Castel, o Procon de Vitória encontrou variação de 105%. Isso porque enquanto numa loja o produto é comercializado a R$ 17,50, em outro ele sai a R$ 35,90.
Segundo o gerente do órgão, Carlos Magno Pimentel Junior, a intenção é estimular o consumo consciente. “Nessa época do ano, é preciso ter uma maior organização financeira. É válido lembrar que a escola não pode exigir a compra de uma determinada marca do material escolar. O consumidor tem o direito de optar por aquela que preferir”, destacou.
Outra dica para quem quer economizar é fugir dos “produtos da moda”. “Na maioria das vezes, o produto da moda tem um preço bem mais elevado. Geralmente, é possível encontrar um produto com as mesmas funções, ou até de melhor qualidade, por um preço bem mais acessível”, completou.

Compras em grupo

Fazer as compras em grupo também pode ajudar na hora de conseguir um bom desconto. “Para garantir a venda, alguns comércios dão um desconto maior para compras feitas em grupo. Então, vale a pena se organizar e reunir um grupo de pais para ir em busca dos melhores preços e descontos”, orientou.
Em 2013, foi aprovada pelo Congresso Nacional a lei nº 12.886, que proíbe que produtos de uso coletivo, como de limpeza e higiene, sejam incluídos na lista de material escolar. Caso conste essa cláusula no contrato firmado entre a escola e os pais, ela será considerada nula, isentando-os dessa obrigação.
Além disso, as escolas não podem criar taxas específicas de material escolar para compensar os gastos com esses materiais. Se isso estiver acontecendo, a orientação é procurar o Procon e efetuar a denúncia para que sejam adotadas as providências administrativas.

Confira abaixo, em downloads, a pesquisa do Procon.