Em meio à pressão cultural, cristãos são desafiados a manter sua convicção enraizada na Palavra — e não na opinião pública
Por Patrícia Esteves
Em uma sociedade onde a necessidade de validação externa é constante, muitos cristãos podem se sentir pressionados a fundamentar sua fé na aprovação de figuras influentes e intelectuais — incluindo influências seculares. É como se tentassem explicar-se ou justificar-se socialmente. No entanto, essa postura é arriscada e contrária à própria essência do Evangelho. A fé cristã, enraizada na Palavra de Deus, não depende da aceitação ou do reconhecimento humano para ser verdadeira.
O escritor cristão Marlon De Blasio alerta que essa postura é perigosa e incompatível com o Evangelho. “É loucura (e antibíblico) para um cristão buscar a validação final da fé de alguém em fontes humanas”, afirma De Blasio, destacando que o verdadeiro valor da fé cristã está no poder da mensagem divina, e não na opinião de personalidades influentes.
O perigo da busca por reconhecimento
Essa tentação de depender da aprovação humana não é novidade. “Porque quero que saibais, irmãos, que o evangelho que foi pregado por mim não é evangelho de homem” (Gl 1:11) — escreveu Paulo. A humanidade é falha, independentemente de quão notáveis sejam suas conquistas.
De Blasio compartilha uma experiência pessoal que reforça essa ideia. Ao participar de um seminário de ciências, percebeu que aqueles cientistas, considerados altamente intelectuais, “brincavam, falavam sobre esportes e coisas materiais, comiam bolo de chocolate e, de forma alguma, pareciam humanamente excepcionais”. Para ele, isso demonstrou que “o pensamento cultural eleva tais designados a um status divino, e meros mortais devem ouvi-los porque são considerados mais inteligentes do que todos os outros”.
Essa elevação de personalidades intelectuais pode se tornar uma armadilha — especialmente para jovens cristãos que se sentem intimidados por figuras de autoridade cultural. “O medo do homem arma uma armadilha, mas aquele que confia no Senhor está seguro” (Pv 29:25), lembra De Blasio.
O poder transformador do Evangelho
Ele também alerta que, em muitos casos, os críticos da fé cristã simplesmente “têm grande satisfação em irritar os crentes, porque nosso testemunho e comprometimento com as Boas Novas perturbam a pessoa natural”. Essa pressão cultural tem levado ao surgimento de um “cristianismo progressivo”, que acaba por relegar a fé cristã a uma mera opção de autoajuda.
No entanto, De Blasio lembra que a fé cristã é uma mensagem capaz de transformar corações e vidas. “Nossa mensagem é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, penetrando até a divisão da alma e do espírito… e discernindo os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12).
Portanto, confiar na graça de Deus e no poder do Evangelho é essencial para que o cristão mantenha-se firme, mesmo diante da oposição cultural. Como Jesus advertiu: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (João 15:18). Essa consciência deve inspirar os crentes a amar seus inimigos e orar pelos que os perseguem (Mt 5:44), permanecendo firmes na esperança que a fé em Cristo oferece.
Com informações de Christian Post