Segundo os organizadores, a ação visa a abençoar unidades onde ainda não existe uma equipe missionária atuante. Há seis anos o projeto acontece em todo Brasil
Por Marlon Max
Uma mulher presa foi alcançada pelo amor de Deus através de cartas que eram enviadas ao presídio. A iniciativa é da Capelania Prisional Batista, que conta com diversos missionários e voluntários na confecção das cartas. O material, além de levar amor, traz estudos bíblicos.
A missionária Marcia Mendes, coordenadora do projeto, compartilha a história de Vânia, com quem ela se correspondeu por anos. Ex-presidiária, Vânia foi assistida pelo projeto e hoje encontra-se em liberta das grades e livre para servir a Deus.
“Estive privada de liberdade por 13 anos. Durante seis anos, eu tive o privilégio e a honra de receber a carta de uma missionária guiada por Deus. Eu não tinha visita, eu não tinha nada e nem alguém ao meu lado, e chegou uma carta. Essa carta me emocionou, me fez ser a pessoa mais importante do mundo. A carta é uma visita para um preso ou uma presa. Eu louvo ao Senhor por esse projeto e pela vida de vocês”, conta Vânia, em vídeo enviado para as missionárias.
Recentemente, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), lançou uma campanha de arrecadação de recursos para ampliar a cobertura que é oferecida aos capelães em todo Brasil. Intitulada de “Recomeçar”, a iniciativa leva em conta o poder transformador da palavra de Deus.
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A campanha pretende alcançar cerca de 7.500 pessoas, em presídios. A Sociedade Bíblica do Brasil é a principal entidade de apoio ao trabalho de capelania no Brasil. Para a gerente de Projetos Sociais da SBB, Emilene Araújo, o trabalho junto à população carcerária tem rendido bons frutos.
Para a missionária Márcia, esse ministério é dado a todos da igreja. “temos nos lembrado dos presos, temos orado por suas vidas e acreditado que Deus pode transformá-los”, comenta a missionária voluntária Marcia, agradecendo a Deus por todos que são, como ela mesma diz, uma “visita de próprio punho”.
O projeto Grão de Mostarda alcança 60 unidades prisionais, em cinco estados brasileiros, e conta com a parceria de 33 igrejas e de 120 voluntários. Mensalmente, 450 cartas são recebidas e respondidas pelos colaboradores.