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sexta-feira, 19 abril 2024

Presidente Michel Temer não renuncia

O presidente Michel Temer fez pronunciamento ao vivo e não renunciou. Ele negou ter pago pelo silêncio de Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar Temer.

O presidente Michel Temer fez pronunciamento ao vivo às 16h11 desta quinta-feira (18) para falar sobre as informações do dono do grupo JBS, Joesley Batista, que gravou o presidente dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB).

Ele negou as acusações e afirmou: “Não renunciarei”.

Assista ao vídeo do pronunciamento:
Leia o discurso na íntegra:

“Ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira. E uma declaração ao país.
E, desde logo, ressalto que só falo agora dos fatos de ontem porque tentei conhecer primeiramente o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei, aliás, oficialmente ao Supremo Tribunal Federal acesso a esses documentos.
Mas até o presente momento não o consegui.
Quero deixar muito claro dizendo que meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação, os números de retorno do crescimento da economia e os dados de geração de empregos criaram esperança de dias melhores. O otimismo retornava e as reformas avançavam no Congresso Nacional.
Ontem, contudo, a revelação de conversas gravadas clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada.
Portanto, todo o imenso esforço de se tirar o país de sua enorme recessão pode se tornar inútil. Nós não podemos jogar no lixo a história tanto trabalho feito em prol do país.
Ouvi realmente o relato de um empresário, que por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse e só tive conhecimento deste fato nesta conversa que tive com este empresário.
Repito e ressalto, em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém. Por uma razão singelíssima exata e precisamente porque não tenho relação.
Não preciso de cargo público e nem de foro especial. Nada tenho a esconder. Sempre honrei meu nome, na universidade, na vida pública, na vida profissional, nos meus escritos, nos meus trabalhos.
E nunca autorizei, por isso mesmo, que utilizasse o meu nome indevidamente. Por isso, quero registrar enfaticamente: a investigação pedida pelo Supremo Tribunal Federal será território onde surgirão todas as explicações. E no Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com estes fatos.
Não renunciarei. Repito. Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos.
Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro.
Essa situação de dubiedade ou de dúvida não pode persistir por muito tempo. Se foram rápidas nas gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e na solução respeitantemente a essas investigações.
Tanto esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso, meus senhores e minhas senhoras, é com o Brasil. E só este compromisso que me guiará. Muito obrigado e muito boa tarde a todos”.

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