Ganhador do Prêmio Nobel, Adolfo Pérez Esquivel enviou uma carta ao comitê na Noruega que escolhe os vencedores sugerindo o nome do ex-presidente Lula para receber a honraria este ano. A mensagem foi apoiada por 634 mil pessoas.
Qual foi a justificativa do Esquivel ao indicar o petista? Disse ele que o compromisso social, sindical e político do governo Lula foi fundamental para a população brasileira, com desenvolvimento de políticas públicas para superar a fome e a pobreza e diminuir as desigualdades mais estruturais do mundo.
Se isso foi verdade, então Lula deveria ganhar o Prêmio Nobel de Economia, e não da Paz! Mas o que me chama a atenção nessa indicação é exatamente a inversão completa dos fatos.
Acabou a desigualdade? Vamos lá, diminuiu pelo menos? Acabaram a fome e a pobreza? Melhorou a educação? Então por que dar um prêmio para alguém que não fez nada disso acabar no país? Exatamente pela mesma razão que Isaías diz: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem chamam mal, que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade, põem o amargo por doce e o doce, por amargo. Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos”.
Até quando vamos inverter valores e princípios? Até quando não aprendemos que, da mesma fonte, não tem como sair doce e amargo! Triste ver que nossa sociedade continua caminhando para o mais baixo nível de civilidade. O pecado mata!
Por José Ernesto Conti

