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quinta-feira, 28 março 2024

Precisa-se de pais…

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Débora Fonseca. Foto: Reprodução

Como Ziauddin Yousafzai, pai de Malala, ativista e educador que construiu uma escola no Vale do Swat, no Paquistão, e incentivou o desejo da filha de estudar, mesmo que para isso fosse preciso desafiar o Talibã

Por Débora Fonseca e Cunha

Precisa-se de pais, que desafiem a mentalidade Talibã com respeito ao trato das meninas e mulheres no mundo!

Pelo Talibã, movimento fundamentalista e nacionalista islâmico, às mulheres é negado educação, trabalho e assistência médica. Tratadas como objetos, são submetidas a sucessivas gravidezes por conta dos casamentos precoces.

Assistimos com horror essa trajetória sendo redesenhada na vida das infelizes que restaram em Cabul, por conta da retomada do Afeganistão.

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Mas ouso afirmar, guardadas as devidas proporções, que tal realidade não está distante de nós, pois sempre que meninas e mulheres são oprimidas, violentadas, silenciadas, não reconhecidas, não valorizadas pelo que são e fazem, simplesmente por serem meninas e mulheres, a mentalidade que opera, é a do Talibã.

Por isso precisa-se de pais

Como Mordecai, pai adotivo da Rainha Ester, que diante das várias circunstâncias que poderiam ter culminado em seu trágico abandono e exclusão social, à acolheu, foi presente e partícipe em seu desenvolvimento, a tal ponto, que, no momento certo, soube como encorajá-la a ser instrumento de libertação do povo judeu na Pérsia.

Precisa-se de pais… que sejam fortes, que não se calem, não se amedrontem, que nos inspirem, que se agradem por sermos às suas filhas mulheres e nos levem a dar voos longos, sem que para isso tenhamos que ser transformadas em seus filhos homens.

Pais que nos encorajem a lutar contra sistemas que objetificam nossos corpos, ou que nos enxergam como inferiores e tolhem nosso desenvolvimento social, acadêmico, profissional ou espiritual, nos anulando, enquadrando, segregando, rejeitando nossas características femininas ou ainda, cerceando espaços e locais de fala que poderiam igualmente ser destinados para o uso de nossos dons, talentos e habilidades, simplesmente por sermos mulheres.

Meu cumprimento a todo homem que conseguiu transcender aos aspectos da mentalidade Talibã, seja no Oriente seja no Ocidente, para viver a paternidade de um modo belo, terno e divino.

Meu cumprimento a todo homem que, certamente, para viver esse modelo de paternidade, aprendeu sobre masculinidade com Jesus, que, quando homem na terra, transmitia respeito e segurança às mulheres que O seguiam – Lc. 8.1-3. Com Jesus, não vemos relatos de assédio, violência, opressão, objetificação, preconceito ou discriminação contra mulheres.

Por isso insisto, precisa-se urgente de pais, no Oriente ou no Ocidente, que vivam com a mente de Cristo, e não do Talibã!

Débora Fonseca e Cunha coordena a Missão Luz na Noite desde 2001 e atua no aconselhamento cristão na área da sexualidade humana há mais de 20 anos; formada em Direito e Psicologia; é autora dos livros Uma Fera em Busca de Sentido e Aconselhamento Cristãos em Luta com a Homossexualidade. Em produção, sua terceira obra voltada às temáticas sexuais, agora, dependência e codependência emocional.

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