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sexta-feira, 19 abril 2024

Por que não devemos amar o que Deus odeia

Por que não devemos amar o que Deus odeia

A Primeira Carta de João é considerada a carta do amor. Nela o apóstolo mostra que o amor é a evidência da salvação, uma vez que aquele que não ama nunca viu a Deus. Quem não ama não nasceu de Deus. Quem não ama ainda vive nas trevas. Mas, sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos (1Jo 3,14). Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Porém, nessa mesma carta, João fala de um amor que Deus odeia; o amor ao mundo e às coisas que há no mundo. Por que não devemos amar o que Deus odeia?

1. Por causa da sua procedência (1Jo 2.16) – O apóstolo João escreve: “Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo”. O mundo de que fala o apóstolo João não é mundo físico nem mesmo o mundo das pessoas, mas o mundo como sinônimo de um sistema de valores que está em oposição a Deus. Esse mundo é governado por uma tríade maligníssima: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. O desejo insaciável por aquilo que você vê, a atração irresistível por aquilo que lhe dá prazer e a soberba que lhe faz sentir mais importante do que é foram as armas que o diabo usou para levar os nossos primeiros pais a caírem no Jardim do Éden. Ainda hoje, esses são os instrumentos usados para enganar as almas e afastá-las de Deus.

2. Por causa da sua incompatibilidade (1Jo 2.15) – O apóstolo João é enfático em afirmar que não devemos amar o mundo nem as coisas que há no mundo, pois aquele que ama o mundo, o amor do Pai não está nele. É impossível amar o mundo e a Deus ao mesmo tempo. É impossível ser amigo de Deus e amigo do mundo concomitantemente (Tg 4.4). É impossível conformarmo-nos com o mundo e ao mesmo tempo ser transformados pela renovação da nossa mente (Rm 12.2). Assim como não há compatibilidade entre treva e luz, não pode haver harmonia entre o crente e o mundo. É um ledo engano pensar que nós vamos atrair as pessoas do mundo, imitando o mundo. Há uma irreconciliável relação entre a igreja e o mundo. A igreja foi tirada do mundo para ser enviada de volta ao mundo. Ela está no mundo sem pertencer ao mundo.

3. Por causa da sua transitoriedade (1Jo 2.17) – O apóstolo João conclui: “Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente”. As glórias do mundo são desvanecentes. Os prazeres do mundo são transitórios. As alegrias que ele proporciona se evaporam e deixam um rastro de dor. Os que andam segundo o seu curso vivem prisioneiros do diabo, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos. O final dessa estrada larga e dessa porta espaçosa é a condenação eterna. Mas, aqueles que aborrecem o mundo e são perseguidos por ele, enquanto fazem a vontade Deus, prevalecem sobre as dificuldades e permanecem para sempre.

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