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sexta-feira, 19 abril 2024

O poder das nossas palavras na vida dos nossos filhos

Você tem ideia de como eles são obedientes?

Nossos filhos obedecem as nossas palavras. Religiosamente. Sejam palavras de vida ou morte os nossos filhos obedecem as nossas palavras.

Se você disser para o seu filho: “Você é burro!” ele vai lhe obedecer. Basta ver as notas dele na escola. Se você disser, “Você não vale nada, minha filha!” ela vai acabar nos braços de outros homens buscando seu valor.

Dr. Paul Meier uma vez me disse que todos nascemos com três “tacinhas emocionais” vazias: de Pai, de Mãe e de Deus. Cabe à mãe e o pai encher as tacinhas dos pais, encher de amor, carinho, limites, conhecimento, valorização, escuta e a Palavra de Deus. A tacinha de Deus obviamente deve ser preenchida com a nossa experiência com o Senhor. Mas já sabemos que as crianças desenvolvem a sua imagem de Deus a partir das suas figuras de autoridade. Se eu tiver um pai amoroso, que me protege e me dá limites, minha relação com Deus vai espelhar isso. Se eu tiver uma mãe severa, brigona e invasiva, fica difícil chegar perto de um Deus assim, né? É complicado me relacionar emocionalmente deste jeito, mesmo sabendo a nível racional que Deus não é assim.

Outro aspecto interessante sobre as palavras é que elas vão se alojando em nosso inconsciente como a verdade ou a mentira. Como terapeuta EMDR, uma abordagem que está revolucionando os consultórios brasileiros, especialmente dos cristãos, quando estruturamos o protocolo de atendimento, uma das perguntas é: o que você pensa a seu respeito nessa lembrança adversa que seja negativa, falsa e irracional? É uma boa definição secular para a mentira. O que vemos é que quando as pessoas passam por experiências difíceis elas também incorporam conceitos falsos a seu respeito. A terapia EMDR, que eu chamo da “unção de Manasses”, ajuda a romper o poder da mentira e faz esquecer o sofrimento vinculado à lembrança.

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Um estudo importante sobre experiências adversas na infância comprovou o vínculo direto entre essas experiências na infância com doenças graves na vida adulta. O que dizemos para os nossos filhos quando são pequenos ou adolescentes, as experiências difíceis que passam debaixo das nossas asas, podem produzir saúde ou doença literalmente. Daí a importância de cuidar as nossas palavras.

O problema é que como mãe e pai nós também repetimos as experiências – e as palavras – que vivemos quando crianças. Se não curarmos as nossas experiências difíceis com os nossos pais, se não rompermos o poder as palavras negativas da nossa infâncias, estamos malfadados e repeti-las com os nossos filhos, queira ou não queira. Essas lembranças criam limitações neuroquímicas nos nossos cérebros que o trauma – e o pecado – nos fazem repetir.

Decida hoje se você vai edificar a sua casa com palavras de amor ou se vai destruir a vida dos seus filhos com as suas próprias palavras!

A boa noticia é que, sim, podemos romper o poder disso na nossa vida. Deus é maior! Há ferramentas que nos ajudam a renovar a nossa mente de forma que possamos encher as “tacinhas” de mãe e pai com amor, com coragem, com valores bíblicos, com carinho, com limites e com tudo de bom que a Bíblia nos ensina. Mas significa ter que se examinar a si mesmo numa espelho brutalmente honesto. E quem sabe buscar ajuda…

Então decida hoje se você vai edificar a sua casa com palavras de amor ou se vai destruir a vida dos seus filhos com as suas próprias palavras!


Esly Carvalho, Ph.D. doutora em psicologia, Treinadora de Terapia EMDR, Presidente da EMDR Treinamento e da TraumaClinic,  dirige a Praça do Encontro, um ministerio cristão que ajuda as pessoas a vencerem os desafios da vida.

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