Mais de 160 milhões de animais vivem em lares brasileiros — mas qual é o destino dos pets segundo a Palavra de Deus?
O Brasil 160,9 milhões de animais de estimação, conforme dados de 2024 do Instituto Pet Brasil e da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Esse número representa um crescimento de 3,33% em relação a 2022, quando o país registrava cerca de 155,7 milhões de pets.
Com tanta gente apaixonada por cães, gatos e outros companheiros, é natural que surja uma dúvida antiga, mas ainda cercada de emoção: meu pet vai para o Céu?
As Escrituras revelam que, ao criar os animais, Deus viu que tudo era bom (Gênesis 1:25). Ele também confiou a Adão a tarefa de cuidar deles, mostrando que o ser humano tem o dever de tratar os bichos com respeito e amor, pois eles são parte da criação divina.
A Bíblia ainda mostra o zelo do Criador por suas criaturas. Jesus ensinou: “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem, mas o Pai celestial as alimenta” (Mateus 6:26). E em Gênesis 6, Deus mandou Noé preservar um casal de cada espécie na arca — uma clara demonstração de cuidado.
Pets no Céu: uma esperança ou uma ilusão?
Quando um animal morre, muitos donos sofrem como se tivessem perdido um membro da família. E a pergunta vem: vamos reencontrar nossos pets na eternidade?
O pastor Antonio Junior responde: “Só serão salvos e irão para o Céu aqueles que creram e confessaram com a boca que Cristo é o Senhor.”
Segundo ele, os animais não podem ser salvos porque não possuem consciência espiritual nem capacidade de reconhecer Jesus como Salvador.
Mas ele também oferece conforto: “Na eternidade, não haverá tristeza nem saudade, porque a presença de Deus será suficiente.”
Animais têm alma?
A Bíblia não responde de forma direta, mas há pistas. O pastor Antonio Junior explica que a alma humana envolve emoções, decisões e espiritualidade — enquanto os animais possuem sentimentos básicos, como medo, alegria e tristeza, mas sem a racionalidade e a espiritualidade humanas.
“Eles podem ter uma alma funcional, ligada à vontade e aos instintos, mas não à imagem e semelhança de Deus”, destaca o pastor, lembrando de Gênesis 1:26-27.
Existe mãe de pet?
Um tema que gera debate entre cristãos é o uso da expressão “mãe de pet”.
O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, afirma que a sociedade moderna tem distorcido o verdadeiro significado da maternidade.
“É preocupante ver mulheres comemorando o Dia das Mães por se considerarem mães de animais. Isso é fruto de uma geração adoecida, que inverte valores e relativiza a Palavra de Deus”, escreveu o pastor em uma de suas publicações.
Ele ressalta que amar um pet é uma bênção, mas isso não substitui o papel e o dom divino da maternidade humana.
O que dizem os dois lados
Argumentos contrários à ideia de pets no Céu:
São seres irracionais e não podem crer em Jesus;
A Bíblia não menciona salvação ou ressurreição de animais;
No Céu, haverá novos animais criados por Deus, sem morte nem dor.
Argumentos a favor:
Os animais sofrem as consequências do pecado humano, mas não têm culpa;
Toda a criação louva ao Senhor (Salmo 150:6);
Deus pode recriar os animais que amamos, se assim desejar.
Não há resposta definitiva sobre o destino dos pets após a morte, mas uma coisa é certa: Deus se importa com toda a Sua criação — e isso inclui os animais que amamos. O mais importante é cultivar gratidão pelo tempo que tivemos com eles, sabendo que na eternidade a alegria será completa na presença do Criador.
Matéria publicada originalmente em 16 de maio de 2024 e atualizada em 7 de outubro de 2025

