O episódio ocorre quando Jesus, acompanhado de seus discípulos, está na Galileia e uma grande multidão os segue
Por Patricia Scott
Um dos milagres mais conhecidos registrados na Bíblia é o da multiplicação dos pães e peixes por Jesus Cristo. Agora, um grupo de pesquisadores propôs uma explicação científica que poderia ajudar a entender o fenômeno.
O episódio ocorre quando Jesus, acompanhado de seus discípulos, está na Galileia e uma grande multidão os segue. Ao final do dia, ao perceber que não seria possível mandar embora o público sem alimentá-lo, Jesus pede aos discípulos que investiguem o que há disponível para comida.
O Mar da Galileia é um extenso lago de água doce, cujo afluente principal é o rio Jordão. A Bíblia relata: “E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-os, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde.” (Marcos 6.38)
O texto bíblico segue a narrativa: “E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou-os e partiu os pães, dando-os aos discípulos para que os distribuíssem. E repartiu os dois peixes por todos. E todos comeram e ficaram fartos. E levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.” (Marcos 6.41-44)
Um estudo publicado no periódico científico Water Resources Research, realizado pelos cientistas israelenses Yael Amitai e Ehud Strobach, aponta que o milagre da multiplicação dos peixes poderia ser explicado por um fenômeno natural conhecido como “matança de peixes”.
Yael explicou que o Mar da Galileia, um lago de águas estratificadas, tem uma camada superior quente e oxigenada, enquanto a camada inferior é fria e com baixo nível de oxigênio. Quando um vento forte de oeste sopra sobre o lago, ele empurra a água quente da superfície em direção ao leste, o que faz com que a água fria das camadas inferiores suba. Essa movimentação cria flutuações chamadas “ondas internas”, que diminuem a oxigenação da água, resultando na morte dos peixes, que então flutuam na superfície.
Com base nessa teoria, os cientistas sugerem que os peixes que Jesus e seus discípulos pegaram poderiam ter sido vítimas desse fenômeno natural. No entanto, é importante observar que a Bíblia não menciona esse tipo de explicação, sendo essa uma hipótese proposta pelos pesquisadores, sem base direta nos textos sagrados. Com informações The Times of Israel.