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sexta-feira, 29 março 2024

Pesquisa revela que brasileiro é conservador e não abre mão da família

Divulgação

Estudo evidencia o que já é consenso na sociedade: família e religião são valores dos quais o brasileiro não abre mão.

A Fundação Perseu Abramo realizou uma pesquisa nas periferias e descobriu que o brasileiro das classes C, D e E tem visões econômicas liberais, afeto ao empreendedorismo e ao reconhecimento meritório no âmbito profissional. Sobre os costumes, a pesquisa concluiu que as pessoas têm na fé e na família algo inegociável.

“Os entrevistados […] utilizam expressões superlativas como ‘é tudo, é o que faz valer a pena’, ‘é o porto seguro, o que mantem a gente na linha’”, para se referir à família, diz o relatório, que acrescenta: “[A família] é o que possibilita que sejam pessoas corretas e que tracem caminhos sem desvios. E é também o antídoto para a crise moral da sociedade”.

Essa base, segundo os entrevistados, é “necessária para a construção de uma sociedade mais correta, sem violência, sem corrupção, mais desenvolvida, com pessoas de caráter, honestas”. O relatório ainda salienta que para o brasileiro em geral, “o fracasso de uma sociedade é resultado da presença excessiva de famílias desestruturadas”.

Influência

De acordo com o jornal O Povo, o professor da Unicamp, Márcio Pochmann, vê que essa visão conservadora da população é fruto do crescimento dos evangélicos, especialmente os pentecostais e neopentecostais. “A igreja se reconstrói para estar mais próxima e disponíveis aos fiéis para ajudá-los na orientação do seu dia a dia, da sua família, na prestação do serviço”.

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O sociólogo Gabriel Feltran, coordenador de Pesquisa do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Núcleo de Etnografias Urbanas do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, disse ter constatado que há uma mudança na visão política das camadas mais pobres, influenciada pela adesão à religião.

“É um voto que concebe o mundo a partir da proximidade, da relação pessoal, da confiança na ética do candidato, um voto próximo e moral. Que por isso sempre esteve muito próximo das igrejas, espaços altamente politizados. E sabemos que a expansão pentecostal é muito mais conservadora que progressista, ao contrário das comunidades de base católicas”, comentou.

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