back to top
27.9 C
Vitória
quarta-feira, 15 DE janeiro DE 2025

Pesquisa aponta que religião influencia compras de 58% dos evangélicos

Foto: Linkedin

O levantamento “O Brasil Evangélico” traz à tona características importantes desse crescente grupo de consumidores

Por Patricia Scott

Em novembro, a Data-Makers, especializada em pesquisas de mercado, em parceria com a Dolores, divulgou a pesquisa “O Brasil Evangélico”, que tarz à tona características importantes desse grupo de consumidores.  Mais da metade (58%) dos evangélicos relatam que a religião tem algum grau de impacto nas suas escolhas, sendo que 14% afirmam que essa influência é muito grande.

Em comparação, apenas 7% dos “não evangélicos” consideram que a religião tem um impacto significativo nas suas decisões de compra. “A religião evangélica é a que mais influencia o consumo no Brasil”, afirma Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.

- Publicidade -

Segundo Fudissaku, os evangélicos têm uma visão distinta sobre consumo, em relação a outros grupos, como os católicos. Ele explica que as igrejas evangélicas não desencorajam o consumo; pelo contrário, em muitos casos, o ato de consumir está ligado à demonstração de virtude, sucesso e valor. “Essa questão está profundamente vinculada à religião”, destaca.

O respeito das marcas pelos valores evangélicos é considerado importante por 78% dos entrevistados, com 36% dos participantes apontando que isso é muito importante. Esse número é ainda maior entre a geração X (81%) e as classes D e E (83%).

Além disso, 31% dos evangélicos afirmam ter deixado de comprar um produto por perceber que a marca desrespeitava seus valores religiosos, enquanto 20% já evitaram entrar em lojas que vendem produtos em desacordo com seus princípios. O estudo também revela que 59% dos evangélicos têm preferência por produtos voltados ao público evangélico, e 58% estão dispostos a pagar mais por esses itens.

LEIA MAIS
Parque no Rio de Janeiro é renomeado em tributo à cristã Ana Gonzaga Parque no Rio de Janeiro é renomeado em tributo à cristã Ana Gonzaga - Área de lazer em Inhoaíba, com capacidade para 200 mil pessoas, celebra legado de cristã metodista
Cristolândia: como a música está transformando vidas no resgate de ex-dependentes Cristolândia: como a música está transformando vidas no resgate de ex-dependentes - Projeto da Igreja Batista une ressocialização, formação musical e fé para recuperar pessoas em situação de vulnerabilidade e dependência química

Outro dado relevante é que 39% dos evangélicos sentem que o mercado não os atende adequadamente. Os setores que mais falham em atender esse público são bares, restaurantes e casas noturnas, mencionados por 69% dos entrevistados, seguidos por moda (26%) e eventos, espaços públicos e locais de lazer (21%).

Além disso, mais da metade (52%) dos consumidores evangélicos não se sente representada pela publicidade. Esse sentimento é ainda mais forte entre as classes D e E, onde 63% afirmam o mesmo. Fudissaku sugere que essa insatisfação pode ser atribuída à postura progressista adotada por marcas e agências de publicidade, que buscam projetar uma imagem moderna, mas acabam afastando a parte da população mais conservadora.

O CEO da Data-Makers reforça a importância das empresas se atentarem ao público evangélico, que já representa mais de um terço da população brasileira e segue em crescimento. Ele destaca que esse grupo é crucial para a economia do país e que “é impensável para uma marca não compreender esse consumidor”.

Fudissaku também observa que as empresas geralmente realizam pesquisas focadas em classes sociais ou gerações, mas o Brasil ainda está atrasado em entender as oportunidades oferecidas pelo público evangélico. “As pessoas não têm noção do quão grande e relevante é esse grupo”, conclui.

A pesquisa também revelou que os evangélicos preferem usar o Instagram e o YouTube, com 27% e 23% de adesão, respectivamente. Em contraste, plataformas como TikTok (33%), X (antigo Twitter) (31%) e Kawai (28%) são mais rejeitadas. Quando se trata de compras, os evangélicos demonstram maior preferência por lojas físicas (34% contra 27% dos “não evangélicos”), embora o consumo online via celular seja forte em ambos os grupos (50% entre evangélicos e 52% entre “não evangélicos”).

 

 

 

 

Receba notícias no seu WhatsApp

Receba as novidades no seu e-mail

Acompanhe nosso canal no Google news

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -