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quinta-feira, 28 março 2024

Pela segunda vez, pastor que protestou contra a demolição de igrejas pode ser preso

O pastor de uma igreja doméstica na província de Zhejiang, na China, pediu aos cristãos de todo o mundo que orem por ele. O líder religioso está correndo o risco de ser preso pela segunda vez, de uma forma definitiva, pois ele já se encontra incomunicável em uma delegacia.

Huang Yizi, pastor da Igreja Fengwo, foi liberto sob fiança há um ano atrás, depois de ter protestado contra a campanha de demolição de igrejas do governo comunista. Mas, seis semanas depois de sua libertação, as autoridades levaram Huang de volta à custódia da polícia sob acusações falsas de “roubar, espiar, comprar ou fornecer ilegalmente segredos de Estado para instituições, organizações e pessoas fora do país”.

Foi negado permissão para ver sua família e encontrar-se com um advogado. Os oficiais também lhe negaram a possibilidade de receber doações de parentes, como dinheiro e roupas. Ele foi finalmente liberto, mas no início deste mês ele recebeu mais uma ordem para retornar à delegacia.

“Por favor, orem por mim, pois eu não voltarei para casa se eles quiserem que eu faça algo que contradiga a lei, a verdade, a minha crença ou a minha consciência. Se eu for realmente condenado durante o Ano Novo Lunar, irmãs e irmãos Cristo, por favor, acredite que eu sempre tenho uma consciência clara para com Deus e meus semelhantes”, disse Huang.

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Perseguição
A esposa de Huang disse a China Aid que ela e vários outros cristãos locais acreditam que ele foi forçado a voltar à delegacia porque no dia 5 de fevereiro foi o aniversário de um ano de sua libertação. De acordo com a lei chinesa, se ele não for encontrado em violação das regras de fiança, ele pode permanecer livre. Mas, se os funcionários determinam que ele violou esses preceitos, ele pode voltar para a prisão.

Segundo a China Aid, Huang foi preso pela primeira vez quando ele e vários outros protestaram contra a violência e agressões que foram sofridas pelos cristãos que trabalhavam para proteger a igreja da demolição. Dez dias depois, ele foi preso e acusado de “reunir uma multidão para atacar uma agência estatal” – uma acusação que mais tarde foi alterada para “reunir uma multidão para perturbar a ordem pública”.

Acredita-se que existem mais de 100 milhões de cristãos na China, enquanto o Partido Comunista tem quase 88 milhões de membros. Nos últimos anos, o governo mostrou desconforto com o crescimento e a influência do cristianismo, e seus adeptos foram particularmente alvo na campanha de demolição das igrejas.

A China viu a demolição de pelo menos 1.200 cruzes e numerosos lugares de adoração. Centenas de cristãos, incluindo pastores, advogados e ativistas, foram presos por se manifestarem contra a perseguição, e muitos deles ainda estão detidos. Devido a isso, a China ocupa o 29º lugar na World Watch List dos 50 países onde é mais difícil ser um cristão.

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