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quinta-feira, 28 março 2024

Pedofilia

Apesar de tudo que está acontecendo, falar sobre pedofilia continua a ser um tabu. Mas deixa eu esclarecer logo de inicio: eu mão me assusto com isso. É verdade que alguns órgãos de imprensa estão ainda superando o medo de falar sobre padres pedófilos, alertando que estão falando de homens que quebraram a confiança de uma comunidade, e não contra a Igreja Católica.

Em 30/04, Guerino Balestrassi, escrevendo para A Gazeta sobre a pedofilia, deixa claro que o foco está nas pessoas, e não nas organizações eclesiásticas às quais pertencem, quando diz: “Aliás, é justamente nos religiosos, cujo ofício é a confirmação da boa nova anunciada na encarnação de Jesus Cristo, que recai a expectativa da boa palavra e do bom exemplo”.

Todos têm a mesma expectativa. Todos imaginam que um líder religioso que prega contra o pecado (e como ninguém sabe as consequências da quebra dos mandamentos de Deus,) fosse um guardião da moralidade e da civilidade. Entretanto, com a multiplicação dos casos e a demora em apurá-los dentro da igreja (que respingam até no Papa), há um movimento que tenta desviar o foco não apenas dos padres, mas para a sociedade como um todo.

A declaração de D. Dadeus Grings (Arcebispo de Porto Alegre) na 48ª Assembléia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de que a “sociedade atual é pedófila”, indica claramente esta tendência, que de certa forma eu concordo. Vou tentar explicar.

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Como não existe nenhum caso de pedofilia na Bíblia, tenho que concluir que este é mais um pecado dos nossos (últimos?) tempos, mencionados por Paulo em 2 Timóteo 3. Na verdade, o próprio Cristo previa a sodomização de nossas sociedades, quando afirmou que se em Sodoma tivesse operado os milagres que ocorreram em Cafarnaum, ela existiria até hoje, e que haverá menos rigor para Sodoma do que para Cafarnaum.

Judas, ao escrever sua epístola, diz que os habitantes de Sodoma e Gomorra se entregaram à prostituição, seguindo “outra carne”. Alguns estudiosos dizem que esta expressão pode ser traduzida também por “perversão sexual”. Em outras palavras, não deveríamos nos surpreender como os padrões morais se arruínam, e sim com a velocidade com que isto está acontecendo.

Jesus, falando dos tropeços, afirmou que estes escândalos eram inevitáveis. Na verdade, acredito que além de inevitáveis têm eles um propósito: servir de alerta para a igreja fiel. Aquele, pois, que pensa estar de pé veja que não caia (1 Co 10:12).

Entende por que disse acima que não me assusto se há padres, pastores ou lideres religiosos pedófilos? Eles apenas confirmam as profecias, nos ajudam a identificar aquilo que foi anunciado, que o mundo está na mesma rota de colisão que sempre esteve, que não há alternativas, exceto para aqueles que estão apercebidos de que o Filho do Homem virá. Não se assuste, isto é só o
principio das dores…

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