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sexta-feira, 19 abril 2024

Quando o ‘Pecado de orgulho’ atinge o líder

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Pastor Todd Wagner, líder da Igreja da Comunidade Watermark. Foto: Reprodução/ Youtube

Pastor Tood Wagner, cofundador da megaigreja da Watermark Community Church, em Dallas, no Texas, EUA, renunciou ao cargo por ‘pecado de orgulho’, que nada mais é que vaidade

Por Priscilla Cerqueira 

No último domingo, 25, os membros da Watermark Community Church, uma megaigreja em Dallas, no Texas (EUA), foram surpreendidos com a renúncia do pastor sênior, Todd Wagner. Ele anunciou que estava deixando o cargo após ter confessado seu ‘pecado de orgulho’ em setembro do ano passado.

“Estamos totalmente convencidos de que hoje, no interesse de Cristo, para mim e para minha família, e para a Watermark nesta próxima fase, seria melhor se eu terminasse minha temporada servindo como ancião pastoral da Watermark Community Church”, disse Wagner em um comunicado.

O orgulho nada mais é que vaidade. “O sentido é o de a pessoa achar-se superior a todos, inquestionável, absoluta e cheia de si e muitas vezes não reconhece seus erros”, afirma pastor Lécio Dornas, da Igreja da Família, em Orlando, Flórida, nos EUA.

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O orgulhoso se torna cego e não vê que vai cair na desgraça, porque se acha invencível (Provérbios 16:18). A Bíblia diz que Deus humilha os orgulhosos.

Pecado de orgulho

E foi justamente isso que aconteceu com o pastor Todd Wagner. Ele disse que chegou em um ponto do seu ministério que não ouvia mais ninguém, nem mesmo sua equipe de liderança, e por isso ele falhou, estando muitas vezes irritado e impaciente para ouvir as pessoas.

“Quando pensamos em liderança, o orgulho se manifesta em atitudes de prepotência, intransigência, intolerância, autosuficiência e vaidade. O líder passa a não ouvir sua equipe, menospresar seu pares e criticar exageradamente outros referenciais de liderança como autores, empreendedores, coaches etc”, explicou pastor Lécio.

O problema do ‘pecado de orgulho’, segundo o pastor Lécio é que a pessoa se isola de pessoas boas e atrai bajuladores e interesseiros.

“Aqueles que de fato podem ajudar e contribuir acabam desistindo, após diversas experiências ruins, sendo desrespeitados, humilhados e ignorados. Perto ficam aqueles que desejam tirar alguma vantagem e aprendem o caminho de alimentar o ego do líder enfermo”, disse.

Atitude correta

Ano passado foi a primeira vez que Todd fez uma pausa do púlpito em 20 anos, para poder trabalhar seu orgulho, que segundo ele, se tornou um problema para sua equipe.

“Esta não é uma licença remunerada para que eu possa ler, escrever e relaxar como recompensa por 20 anos de serviço. Isso é um descanso temporário da função de ensinar e liderar e qualquer outra coisa que esteja no caminho de permitir que o Senhor me fortaleça, me restaure, e me leve a um arrependimento cada vez maior”, disse na época.

Para pastor Lécio Dornas, a atitude do pastor foi correta. Primeiro da humildade em reconhecer o erro, segundo que Deus foi honrado.

“Quando o pecado do orgulho se instala, o quanto antes se faz necessário um afastamento para tratamento e cura, evitando-se prejuízos e quedas irreversíveis na vida da igreja e na missão. Assim, quando um líder pastoral reconhece o pecado, se afasta da liderança e procura ajuda e tratamento, o reino ganha e Deus é honrado”, explicou.

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