28.3 C
Vitória
quinta-feira, 18 abril 2024

Pastores pedem saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara

 Lideranças evangélicas divulgaram um manifesto pedindo a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados.

No documento, assinado por 117 líderes, os evangélicos afirmam que “as ações do deputado Eduardo Cunha, atual presidente da Câmara dos Deputados e que se identifica como evangélico, merecem repúdio”. As lideranças fundamentam o pedido de saída de Cunha da presidência da Câmara em “denúncias de corrupção e envio de recursos públicos para contas no exterior”. Para os pastores as denúncias “inviabilizam a permanência do deputado Eduardo Cunha no cargo que ocupa, uma vez que não há coerência e base ética necessária a uma pessoa com responsabilidade pública”.

O movimento, composto pelas igrejas Anglicana, Metodista, Luterana, Batista, Presbiteriana, Congregacional, Sara Nossa Terra, Vyneard, do Nazareno, Cristã de Ipanema, O Brasil para Cristo, Betesda, Aliança Bíblica do Livramento, Capital Augusta, Comunidade Reviver, Rio de Vida, Adventista e Comunidade Gólgota, além de representantes do Movimento Jesus Cristo Cura a Homofobia e da Editora Novos Diálogos.

Agora uma campanha está recolhendo assinaturas pela internet. Os líderes afirmam que este é um movimento suprapartidário e que defende a ética cristã.  Ao protocolar o documento na Câmara, eles disseram que vão continuar coletando assinaturas pela saída de Cunha. “Como evangélicos, não concordamos com as práticas de corrupção, e queremos manifestar aqui o nosso pedido de saída”, disse o pastor Welinton da Silva, da Igreja Metodista de Brasília (DF).

- Continua após a publicidade -

O grupo diz ainda que se opõe “enfaticamente” ao apoio a Cunha por deputados da bancada evangélica e lideranças religiosas. “A igreja que elegeu Eduardo Cunha, o eleitor cristão que o elegeu, vem hoje se manifestar para que ele saia do cargo, pois ele não está cumprindo com os princípios éticos cristãos”, afirmou o pastor Herbert Alencar, da Comunidade Sara Nossa Terra de Brasília (DF).
De acordo com o documento, nos últimos anos há uma forte tendência “a partir da crescente visibilidade política de lideranças eleitas, em diferentes níveis, de homogeneizar essa pluralidade e apresentá-la como se tais representantes fossem a voz dos evangélicos”.

“Afirmamos que, frente a casos como o que protagoniza o atual presidente da Câmara dos Deputados, a corrupção não é a marca distintiva da política para os evangélicos. Ela é a marca de certa “safra” de representantes. Mas os evangélicos não são assim e não podemos mais deixar que nos identifiquem como tal”, diz ainda o manifesto. O grupo também disse estar preocupado “com o atual momento da sociedade brasileira, marcado por uma aguda crise política”. As lideranças afirmam que “esse quadro se traduz nos conflitos institucionais entre os Poderes da República, resultado também de um modelo de governabilidade frágil, que precisa ser revisto através de uma profunda reforma política”.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -