Jorge Linhares prestará depoimento, ao MP mineiro, sobre um vídeo em que crianças aparecem defendendo os gêneros masculino e feminino
Por Patricia Scott
“Ore para que no abrir da minha boca, eu seja um instrumento para a glória de Deus. Nós, juntos, estejamos em oração na segunda-feira, 2 de agosto, às 15h”, pediu, nas redes sociais, o pastor Jorge Linhares, diretor geral do Colégio Batista Getsêmani.
Ele prestará depoimento, como investigado, ao Ministério Público, de Minas Gerais, sobre eventual postagem de um vídeo que “caracterizou discriminação de identidade de gênero” e foi enquadrado pela Ordem do Advogados do Brasil (OAB) como “discurso de ódio”. Nas imagens, aparecem crianças defendendo os gêneros masculino e feminino e sendo contrárias a ideologia de gênero. A postagem, que viralizou nas redes sociais, em 28 de junho, foi publicada, logo após a polêmica campanha do Burger King em defesa da causa LBGT, no mês do orgulho gay.
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A Assessoria Jurídica da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) divulgou, na última sexta feira, em nota, parecer sobre o caso envolvendo o pastor Jorge Linhares. “O posicionamento adotado por uma escola confessional sobre o tema em questão está “albergado pela liberdade de expressão e de consciência e crença, direitos que possibilitam a transmissão de ensino que esteja em conformidade com os valores que norteiam a instituição”.
Os juristas enfatizaram ainda causar estranheza a notificação encaminhada pelo Ministério Público. Isto porque o vídeo em questão, ainda que expresse discordância quanto às teorias de gênero, não estimula qualquer conduta discriminatória.