26 C
Vitória
sexta-feira, 29 março 2024

Pastor Koh: Investigação não será prioridade

Susanna Koh e Norhayati, esposas de Raymond Koh e Amri Che Mat,não aprovam nomes da força-tarefa especial. Foto: Portas Abertas

Governo anunciou composição de uma força-tarefa que vai investigar o caso do pastor Koh. Mas a composição não agradou às famílias. Investigação do pastor não será prioritária

O Ministério do Interior da Malásia anunciou os nomes dos membros da força-tarefa especial estabelecida para investigar as conclusões da Comissão de Direitos Humanos (Suhakam), segundo as quais o braço especial da polícia (Bukit Aman) estava envolvido no desaparecimento forçado do pastor Raymond Koh e do ativista Amri Che Mat.

O Ministério também anunciou que investigaria o caso de Amri Che Mat primeiro e retardaria o caso do pastor Koh, devido a um caso pendente contra Lam Chang Nam, acusado de extorquir o filho do pastor Koh. No entanto, advogados da família Koh apontam que já foi esclarecido pelo antigo Inspetor Geral de Polícia que Lam Chang Nam não tem nenhum envolvimento no sequestro do pastor Koh.

Em abril, o ministro de assuntos internos da Malásia, Tan Sri Muhyiddin Yassin garantiu a abertura de uma comissão de inquérito para investigar o caso

Segundo os advogados, os casos não estão relacionados e deveriam ser analisados paralelamente. A família Koh aponta que já foi permitido que a polícia, um dos alvos da investigação, usasse o caso contra Lam Chang Nam para pausar temporariamente o inquérito da Suhakam no começo deste ano e que não deveria obstruir o trabalho da justiça de novo.

A família Koh afirmou que “é importante que os casos de Amri e de Raymond sejam investigados juntos, pois há muitas evidências factuais semelhantes e o mesmo modus operandi, veículos parecidos, assim como o mesmo policial do Bukit Aman (polícia especial) estava encarregado de ambas as investigações”.

- Continua após a publicidade -
Resultado adiado 

A força-tarefa especial tem seis meses para investigar o caso e produzir um relatório a ser entregue ao Ministério do Interior e ao gabinete (quadro de oficiais do alto escalão do Executivo). Mas, se a investigação do caso de Lam Chang Nam levar mais de seis meses, uma extensão do prazo será considerada.

O ministro do Interior ressaltou que a força-tarefa especial não é uma Comissão Real de Inquérito, o que permite à investigação permanecer confidencial até a publicação do relatório, que será anunciado por interesse público. Ele disse: “Não queremos nenhuma pressuposição de que essa força-tarefa seja a polícia investigando a polícia, é por isso que temos um juiz da Alta Corte liderando-a”.

Entretanto, as famílias de Amri Che Mat e do pastor Koh apresentaram suas objeções à composição da força-tarefa especial. Ambas as famílias estão felizes com o fato de o governo dar passos para formar essa força-tarefa especial, mas expressaram profunda preocupação com a composição da mesma, o que pode impactar a autonomia e imparcialidade necessárias para uma investigação digna de confiança.

*Com informações de Portas Abertas


LEIA MAIS

Pastor Koh: Conclusões do inquérito só em abril
Pastor da malásia continua desaparecido
Pastor Raymond Koh está a mais de um ano desaparecido

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -