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quinta-feira, 18 abril 2024

Papa Francisco mudou de lado?

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Foto: Reprodução

Em uma declaração ‘polêmica’, o líder máximo da Igreja Católica, Papa Francisco defendeu a união civil entre homossexuais. “Ele não falou em dogmas, mas em acolhimento social”, afirma pastor Dinart Barradas

Em um filme que entrou em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália, chamado “Francesco”, o Papa Francisco deu uma declaração que gerou polêmica. Ele afirmou que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil.

“Os homossexuais têm direito de estar em uma família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou infeliz por causa disso”, disse Francisco. Foi a forma mais clara que já usou para falar de direitos dos LGBTIs.

“O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, acrescentou o papa. O líder máximo da igreja Católica estaria mudando de lado? Já que a instituição defende o casamento tradicional, entre homem e mulher.

Reações no meio evangélico

A declaração dada pelo papa Francisco tem gerado reações no meio cristão de modo geral, incluindo católicos e evangélicos. Imediatamente o renomado pastor Franklin Graham, dos EUA, escreveu em sua página no facebook, chamando de “impensável a luz da Bíblia”.

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“Acho esses comentários do Papa impensáveis ​​à luz da Palavra de Deus. A Bíblia ensina que quando Deus criou a raça humana, criou, macho e fêmea, e os abençoou. E deixa claro que Deus desaprovava quando ‘as mulheres trocavam as relações naturais por outras contrárias à natureza. E os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e foram consumidos de paixão uns pelos outro”, disse.

Quanto a tentativa de normalizar a homossexualidade, Graham afirmou. “Fazer isso é dizer que as Sagradas Escrituras são falsas, que nossos pecados realmente não importam e que podemos continuar vivendo neles. Se isso fosse verdade, então a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo não teriam sido necessários. A cruz não teria sido em vão. Ninguém tem o direito ou a autoridade de banalizar o sacrifício de Cristo em nosso nome”, alertou.

O pastor Paulo Lima, do Ministério Família Debaixo da Graça, em Bragança Paulista (SP) não concordou com a fala de Francisco e foi mais além. “A igreja quando passa a apoiar o que não encontramos nas escrituras sagradas, começamos a perceber que o Sacerdócio não cuida com maestria do que é puro, santo, verdadeiro é imutável”, disse.

Dinart Barradas, pastor da Universidade da Família argumentou: “não é certo, é pecado, é condenável, segundo a palavra de Deus, o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas o que o Papa está falando e que a sociedade está brigando é que, historicamente, as pessoas tem direitos civis baseados naquilo que elas creem. Ele não falou em dogmas, mas em termos de acolhimento social, pois é preciso tratar os semelhantes iguais”.

Porém, o polêmico pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), disse que Francisco está “a serviço do marxismo” e que está “negando fundamentos do cristianismo”. “O instrumento da verdade teológica cristã é a Palavra de Deus. Esse marxismo que quer destruir os valores de família onde toda a civilização está sustentada. É uma verdadeira aberração”, disse Silas Malafaia.

Reação católica

Para o arcebispo católico, Carlo Maria Viganò, às declarações de Francisco, parecem revelar uma intenção separatista.

“O Papa está tentando forçar alguns cardeais e bispos a se separarem da comunhão com ele, obtendo como resultado não o seu próprio depoimento por heresia, mas a expulsão dos católicos que desejam permanecer fiéis ao perene Magistério da Igreja”, declarou.

Viganò alertou também que os bispos que se pronunciassem contra o papa poderiam sofrer ações judiciais ou perder seus cargos na igreja. “Um pronunciamento dos bispos contra Bergoglio em uma questão como a homossexualidade poderia levar a autoridade civil a processá-los criminalmente, com a aprovação do Vaticano”, alertou.

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