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sábado, 20 abril 2024

Pandemia: insegurança alimentar mobiliza entidades no combate à fome

fome
Fotos: Fotos Públicas/ Giorgia Prates

A insegurança alimentar cresceu de forma abrupta no país, e a pandemia piora o cenário. Por isso, ações emergenciais contra a fome buscam ajudar a diminuir essa vulnerabilidade

De acordo com recente levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) hoje mais da metade da população brasileira (116,8 milhões de pessoas) está sofrendo com insegurança alimentar, ou seja, sem acesso pleno e permanente a alimentos. Destes, 19 milhões de brasileiros (9%) estão passando fome. Esta realidade fez o Brasil voltar ao patamar de miséria de 2004, antes de iniciativas como o programa federal Fome Zero, que durou entre 2004 e 2013.

Entre 2013 e 2018, segundo dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), a insegurança alimentar grave teve um crescimento de 8% ao ano. Já entre 2018 a 2020, o aumento da fome foi de 27,6%, de acordo com dados da pesquisa VigiSan , realizada pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar).

Esse cenário não tem resolução simples e nem rápida. Embora a pandemia do coronavírus não seja a causa dessa crise, ela dificulta ainda mais a retomada econômica e a reinserção produtiva da população. Além disso, as mulheres estão sendo especialmente atingidas por conta do trabalho de cuidado exercido no ambiente doméstico, depois do fechamento de escolas e outras instituições.

Por isso, diversas iniciativas de combate à fome vêm sendo criadas no Brasil desde o início da crise sanitária, com forte crescimento em 2021. Os projetos têm em comum a missão de aliviar a crise que se alastra no país, sobretudo entre as famílias mais pobres.

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Projeto Rede Elos – Em março de 2020, o Instituto Elos criou o projeto de combate emergencial à fome, com o objetivo de arrecadar doações e transformá-las em cestas básicas para famílias nas 180 comunidades onde estão presentes, em 20 estados brasileiros. A meta do projeto é alcançar 27 mil famílias. Até maio de 2021, impactou 111 comunidades e 12.716 famílias, chegando a 63.580 pessoas beneficiadas. O Instituto Elos é uma organização especializada em Tecnologia Social e que trabalha com Formação de Lideranças para promover transformações positivas em comunidades.

Crescer Aprendendo – Originalmente, o programa da United Way Brasil é uma estratégia voltada às famílias em situação de vulnerabilidade social, para promover o apoio familiar para o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 6 anos. Com a pandemia, os encontros presenciais foram substituídos por grupos de Whatsapp. Nessa comunicação, a United Way Brasil detectou a importância de oferecer segurança alimentar e, por isso, o programa incluiu, com ajuda de empresas parceiras, a distribuição de cartões-alimentação, com recargas mensais. Desde 2020 o aporte para esse fim passou de R$ 1 milhão. Hoje, o ciclo do programa digital com pais e cuidadores tem duração de 6 meses, alcançando mais de 4 mil famílias em 2021.

Panela Cheia Salva – A Central Única de Favelas (CUFA), a Gerando Falcões e a Frente Nacional Antirracista se juntaram em abril para uma ação de solidariedade de alcance nacional. Até agora, foram arrecadados R$ 74 milhões para compra de cestas básicas.

Ação Emergencial Amigos do Bem – A Amigos do Bem, que já atua no auxílio a comunidades isoladas do sertão nordestino, lançou em abril uma ação para aumentar seu alcance. O objetivo é distribuir 100 mil cestas básicas na região.

Brasil sem Fome – A Ação da Cidadania também lançou em abril uma campanha de arrecadação, que já chegou a R$ 83 milhões, o que corresponde a 16 mil toneladas de alimentos, distribuídos em todo o país.

Combate à Fome – No início da pandemia, a ActionAid já havia se mobilizado para doar 26 mil cestas de alimentos em 7 estados. Agora, o objetivo é distribuir cestas agroecológicas em 13 estados.

Tem Gente com Fome – Entidades como Coalizão Negra por Direitos, Anistia Internacional e Oxfam Brasil, entre outras, lançaram essa campanha em março, com o objetivo de atender 220 mil famílias em situação de vulnerabilidade já mapeadas em todo o país. Já foram arrecadados R﹩ 12 milhões.

Com informações Oficina de Impacto

 

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