Escola nos EUA incentiva alunos a participarem de exercício de “saída do armário” sem consentimento parental
Por Patrícia Esteves
A relação entre escola e família é essencial na educação de crianças e adolescentes, especialmente quando envolve temas sensíveis. Recentemente, um distrito escolar na Califórnia gerou polêmica ao conduzir uma atividade sobre identidade de gênero sem informar previamente os pais dos alunos.
No Distrito Escolar Unificado de Vista (VUSD), em San Diego, estudantes da Rancho Buena Vista High School foram supostamente obrigados a participar de um exercício chamado “Coming Out Stars”, inspirado pelo grupo ativista The Trevor Project. A atividade propunha que cada aluno se imaginasse como uma pessoa LGBT e encenasse seu processo de “saída do armário”. O caso ganhou atenção após alguns estudantes se recusarem a participar, alegando objeções religiosas, e deixarem a sala de aula.
Dean Broyles, advogado do Centro Nacional de Direito e Política (NCLP), afirma que a escola violou os direitos dos pais ao não notificá-los sobre a atividade. Segundo a Lei da Juventude Saudável da Califórnia (CHYA), as escolas devem informar previamente as famílias sobre conteúdos relacionados à educação sexual e permitir que optem pela não participação de seus filhos.
No entanto, Broyles alega que o distrito escolar usou uma brecha para inserir a discussão de identidade de gênero em disciplinas que não se enquadram nessa categoria, evitando a necessidade de aviso prévio.
Entidade exige retratação
Além do exercício de dramatização, a escola também incorporou o diagrama “Unicórnio de Gênero”, que aborda questões sobre identidade e expressão de gênero, em outra atividade pedagógica. O NCLP argumenta que essas ações ignoram os direitos dos pais de supervisionar o que seus filhos aprendem sobre temas que podem conflitar com suas convicções religiosas.
“Os pais têm o direito de saber exatamente o que seus filhos estão aprendendo na escola sobre sexualidade humana, especialmente quando esse ensino contradiz as crenças religiosas sinceras e constitucionalmente protegidas de sua família”, afirmou Broyles em um comunicado.
O NCLP enviou uma carta de demanda ao VUSD solicitando que a escola se retrate publicamente e implemente medidas para garantir que futuras atividades sigam a legislação vigente sobre notificação parental. O distrito escolar ainda não se pronunciou sobre o caso. Com informações de Christian Post