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terça-feira, 19 março 2024

Os livramentos de Deus

Nessas e em tantas outras histórias bíblicas, como também nos dias atuais, vemos Deus se manifestando com poder e graça em favor daqueles que o buscam. Ele é o socorro que nunca falha!

Quando lidamos com situações desafiadoras é sempre de grande ajuda observar as histórias do passado. Além de informação, essa visão em retrospectiva nos oferece orientação, motivação e encorajamento para enfrentar as batalhas do presente. A Bíblia relata um grande número de circunstâncias em que pessoas e nações viram o livramento de Deus em meio a grandes dificuldades. Ao rever essas narrativas devemos lembrar que o mesmo Deus continua agindo no mundo, como fez no passado. Nos textos que seguem, vamos revisitar alguns desses momentos.

Israel acabara de sair do Egito após 400 anos e iniciava a jornada para a terra prometida. Acampado próximo do mar, o povo descobre que o Faraó se aproxima com a sua máxima força de guerra. Assim, aterrorizadas, as pessoas clamam a Deus e se revoltam contra Moisés. A resposta do seu líder foi: “Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje, porque vocês nunca mais verão os egípcios que hoje veem. O Senhor lutará por vocês; tão somente acalmem-se”. Por ordem de Deus, Moisés ergue a sua vara e estende a mão sobre o mar que se divide em duas porções, abrindo o caminho por onde o povo atravessa. Os egípcios seguem atrás e, quando chegam no meio do mar, Deus faz as águas voltarem ao seu curso; desse modo, o inimigo é destruído. Do outro lado, o povo celebra mais um livramento de Deus e prossegue em sua jornada (Êxodo 14.10-31).

Derrotando os gigantes 

Os filisteus eram implacáveis inimigos de Israel. Em muitas ocasiões, eles o atacaram causando pânico e destruição. Agora estão acampados e, por 40 dias, desafiando o exército de Saul, que, por sua vez, não tinha coragem de enfrentar o líder dos inimigos, o gigante Golias. Num desses dias, Davi chega ao campo de guerra, enviado pelo pai para saber notícias dos irmãos.
Quando vê Golias ameaçando e os soldados apavorados, Davi diz ao rei: “Ninguém deve ficar com medo desse filisteu, eu vou lutar contra ele.” Saul ironiza: “Sem chance, você é apenas um menino e ele um campeão de batalhas.” Eu enfrentei e matei leões e ursos que atacavam as ovelhas no campo, disse Davi. E prosseguiu: “O Deus que me salvou dos leões e dos ursos me salvará também desse filisteu.” Algumas horas depois, o gigante estava no chão e o povo de Deus celebrando a vitória (I Samuel 17:12-58).

Usando os corajosos 

Por sete anos os midianitas, amalequitas e outros povos vizinhos mantinham um domínio opressor sobre Israel. Eles vinham em hordas numerosas, invadiam a terra, destruíam as plantações e roubavam os animais. Isso gerou muita pobreza no país. Em resposta ao clamor do povo, Deus enviou o seu anjo que chamou Gideão para líderar a nação naquela crise. Depois de vencer seu desapontamento, sua insegurança e o  sentimento de inferioridade, Gideão destruiu o altar idólatra da sua família e, assim, Deus usou a sua vida para um grande livramento. Com apenas trezentos homens, Israel viu Deus agir poderosamente. No confronto, os inimigos se voltaram uns contra os outros, fugiram e foram perseguidos pelos israelitas. Desse modo, por quarenta anos o povo viveu em paz na sua terra (Juízes 6 e 7).
Tomando a frente de batalha 
Quando o rei Josafá recebeu a notícia de que um enorme exército vinha atacar o seu país, ficou alarmado e convocou um jejum nacional. Todo o povo se reuniu  para buscar a ajuda de Deus e Josafá orou dizendo: “Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti.” A resposta de Deus foi: “Não tenham medo, nem fiquem desanimados por causa desse enorme exército. Pois a batalha não é de vocês, mas minha. Vocês não precisarão lutar. Tomem posição, fiquem firmes e vejam o livramento que eu lhes darei.”
O rei e o povo se prostraram para adorar a Deus. Enquanto Josafá e seus liderados avançavam, os inimigos se voltaram uns contra os outros e se destruíram completamente. Quando os homens de Judá olharam, só vendo cadáveres, se apropriaram dos despojos de guerra e voltaram ao templo para celebrar a vitória. Assim, Judá teve paz em todas as suas fronteiras (II Crônicas 20.1-29).

Trabalhando nos bastidores 

A condição em que Ester chegou ao palácio do rei persa só Deus poderia justificar. Ali a jovem judia se tornou um exemplo da pessoa certa, no lugar certo, na hora certa. Por uma conspiração de Hamã, o rei Xerxes (Assuero) fez uma lei que marcava data para a execução dos judeus em todo o império. Ao saber da sentença de morte que pesava sobre o seu povo, Mardoqueu vestiu-se de luto e começou uma lamentação pública próximo ao palácio. Quando Ester tomou conhecimento disso, quis saber o que havia acontecido e, assim, além da triste notícia, recebeu também a súplica para interceder junto ao rei.
Pedindo três dias de jejum, ela ousou correr o risco de comparecer diante do soberano sem ser chamada. Enquanto Deus estava agindo nos bastidores, ela usou uma estratégia sábia e, com isso, alcançou graça diante do rei. No final da história, o inimigo foi derrotado; Mardoqueu, antes humilhado, foi honrado e o seu povo escapou da morte. Ainda hoje os judeus celebram esse livramento de Deus na festa de Purim (Livro de Ester).

Agindo como resposta de orações 

Os assírios, a maior potência militar da época, já haviam conquistado o Reino do Norte. Agora o rei Senaqueribe manda um grande exército para invadir Jerusalém. Quando Ezequias recebe a carta com as ameaças e blasfêmias, ele se veste de luto, entra no templo, estende o escrito perante o Senhor e ora: “Senhor, salva-nos das mãos do  rei da Assíria para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus.”
Então o profeta Isaías enviou essa palavra ao rei Ezequias: “Ouvi a sua oração acerca de Senaqueribe. Ele não invadirá esta cidade e contra ela não lançará uma única flecha.” Naquela noite, veio o livramento, o anjo do Senhor matou cento e oitenta e cinco mil homens do exército inimigo. Quanto ao rei assírio, de regresso ao seu país, foi assassinado pelos próprios filhos (II Reis 18 e 19).
Nessas e em tantas outras histórias bíblicas, como também nas intervenções dos dias atuais, vemos Deus se manifestando com poder e graça em favor daqueles que o buscam. No templo da aflição, Ele é o socorro que nunca falha.

Joarês Mendes de Freitas é pastor emérito da Primeira Igreja Batista em Jardim camburi, Vitória (ES).

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