24.9 C
Vitória
sábado, 20 abril 2024

Orçamento do Turismo deve ficar aquém do necessário, projeta ministro

Em dia de forte calor turistas cariocas se refrescam na praia de Copacabana. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Previsão de verbas é de R$ 2,69 bilhões para o setor em 2022

Por Jonas Valente (Agência Brasil)

O orçamento para o setor de Turismo no Brasil em 2022 deverá ficar aquém do necessário para apoiar políticas públicas importantes de retomada do setor diante dos impactos causados pela pandemia. A avaliação é do ministro da pasta, Gilson Machado Neto, que fez um balanço do ano e discutiu perspectivas para o próximo ano em evento com jornalistas realizado nesta terça-feira (21) na sede do órgão, em Brasília.Orçamento do Turismo deve ficar aquém do necessário, projeta ministroOrçamento do Turismo deve ficar aquém do necessário, projeta ministro

“Estamos em uma pandemia. Sempre fica abaixo do que a gente precisa. Espero que [o orçamento] venha sem cortes”, declarou Machado. O Congresso Nacional ainda não aprovou o orçamento de 2022. Hoje, o projeto de lei orçamentária (PLO) foi votado na Comissão Especial do Parlamento e deverá e em seguida o caminho será a apreciação no Plenário. 

No relatório final do projeto de lei orçamentária, relatado pelo deputado Hugo Leal (PSD/RJ), estão previstos R$ 674,6 milhões para a sub-função Turismo. No total, foram reservados R$ 2,59 bilhões para o Ministério do Turismo, sendo R$ 699,3 milhões para pagamento de pessoal, R$ 606 milhões para outras despesas correntes, R$ 240 milhões para investimentos, R$ 300 milhões para inversões financeiras e R$ 751 milhões para reserva de contingência.

- Continua após a publicidade -

De acordo com de Gilson Machado, são necessários mais recursos – sobretudo para a ampliar a infraestrutura de turismo no país. “A maior demanda é infraestrutura, como orlas e rampas de acesso ao turismo náutico”, exemplificou.

Recuperação

Na avaliação do titular da pasta, o turismo brasileiro está “se recuperando como nenhum [outro] local da América Latina”. “Você não consegue mais vaga em hotel nenhum. No Rio de Janeiro, hotéis estão todos ocupados. A gente vê o setor de cruzeiros voltando. Companhias aéreas voltando com grande força. [O] setor de eventos é quem ainda está sofrendo com a pandemia”, analisou.

Diante de fatores que dificultam as viagens internacionais, como restrições da pandemia e a cotação de moedas estrangeiras, o intuito do ministério é estimular o turismo interno. Antes da pandemia, cerca de 10 milhões de brasileiros faziam turismo internacional por ano, enquanto o país recebia apenas cerca de seis milhões de estrangeiros.

Muitas pessoas estão passando a buscar destinos dentro do país. “O turista brasileiro está viajando no Brasil e está redescobrindo o país das pousadas do Nordeste, do vinho da Serra Gaúcha, dos barcos hotéis da Amazônia e do Pantanal, dos resorts de grande qualidade”, disse Machado.

Obstáculos

Um obstáculo para o crescimento do turismo interno, ponderou o ministro, ainda são os altos preços das passagens de avião. “É caro viajar no Brasil. O preço da passagem no Brasil é das mais caras do mundo. Temos que lutar para que tenha mais concorrência no setor de companhias aéreas. É preciso fazer apelo para que governadores reduzam o ICMS”, defendeu.

O ministro citou gargalos que contribuem para os preços altos, especialmente o valor dos combustíveis. Enquanto em outros países o peso dessa despesa varia entre 12% e 14% no custo das viagens, no Brasil é de cerca de 30%. Machado citou como ação do governo a mudança das exigências do combustível utilizado, o que barateou o insumo.

Machado afirmou, ao final do discurso, que fatores como o preço dos combustíveis fazem com que o país não tenha um ambiente propício de negócios para as companhias aéreas. Ele citou como exemplo a suspensão dos voos da Ita e lembrou que outras linhas aéreas já encerraram atividades, como Varig e Vasp. Machado pontuou que a Itapemirim já atuava no setor de transporte e a expectativa era que ela possuía “solidez”. Contudo, a firma prejudicou mais de 45 mil pessoas neste fim de ano com o cancelamento de todos os voos.

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -