Os impactos do clima extremo têm levado a mortes e a perdas com doenças, imigração e prejuízos econômicos
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lançou nesta quarta-feira um plano de cinco pontos para disseminar mais o uso de energias renováveis, com a intenção de reviver a atenção global sobre as mudanças climáticas, no momento em que as concentrações de gases estufa, o aquecimento dos oceanos, a elevação do nível dos mares e a acidificação dos oceanos atingiu níveis recordes no último ano. “Nós precisamos acabar com a poluição por combustíveis fósseis e acelerar a transição para a energia renovável antes que incineremos nossa própria casa”, afirmou ele. “O tempo está acabando.”
O mais recente alerta ocorre após a Organização Meteorológica Mundial emitir seu Relatório do Estado do Clima 2021, segundo o qual os últimos sete anos foram os sete mais quentes já registrados. Os impactos do clima extremo têm levado a mortes e a perdas com doenças, imigração e prejuízos econômicos na casa das centenas de bilhões de dólares, segundo a entidade.
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Guterres disse que é preciso fomentar a transferência de tecnologia e retirar proteções de propriedade intelectual em tecnologias renováveis, como na estocagem de baterias.
Além disso, o secretário-geral quer expandir o acesso a cadeias de produção e a matérias-primas que possam ser usadas em tecnologias renováveis, atualmente concentradas em poucos países poderosos.
A ONU também deseja que governos façam reformas para promover as energias renováveis, como acelerar projetos de energia solar e eólica.
Guterres pediu mudanças em subsídios de governos a combustíveis fósseis, atualmente em meio trilhão de dólares ao ano. E disse ainda que os investimentos públicos e privados em energia renovável precisam triplicar para ao menos US$ 4 trilhões ao ano.
Informações de Agência Estado