Ao todo, 60 pessoas morreram no ataque de Israel e o movimento palestiniano Hamas nesta segunda-feira (14).
O enviado da ONU para o Oriente Médio, Nikolai Mladenov, responsabilizou movimento palestiniano Hamas pela “tragédia sem justificação” desta segunda (14) na Faixa de Gaza. Em uma reunião de emergência nesta terça-feira (15), Nikolai frisou que Israel deve “calibrar o uso da força” e só usar meios letais como último recurso.
“Deve proteger as suas fronteiras de infiltrações e terrorismo, mas deve fazê-lo de forma proporcionada e investigar, de forma independente e transparente, cada incidente que tenha levado à perda de vidas. O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não deve usar os protestos como capa para colocar bombas na vala da fronteira e criar provocações. Os seus operacionais não devem esconder-se entre os manifestantes e pôr em risco vidas civis”, disse.
Ao todo, 60 pessoas morreram e mais de duas mil ficaram feridas durante o ataque. Foi o dia mais sangrento desde a guerra de 2014. “Este ciclo de violência em Gaza tem de acabar, porque se não, vai explodir e arrastar toda a região para outra confrontação mortífera”, lembrou.
Enterro dos mortos
Nesta terça-feira (15) os corpos de parentes que foram mortos nesta segunda em confrontos na fronteira da Faixa de Gaza com Israel foram enterrados. Os palestinos também voltaram a protestar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Um palestino morreu por tiros israelenses. O confronto foi considerado o mais sangrento desde a última guerra entre Israel e o Hamas, em 2014.
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