Quando um detentor de poder midiático se corrompe, o que não é surpresa, se tratando de humanos, potencializa-se os riscos de eventual manipulação das massas
Por Clovis Rosa Nery
O ministro nazista Joseph Goebbels dizia que uma mentira contada várias vezes transforma-se em verdade. Ultimamente, há indivíduos se valendo dessa máxima para, com suas narrativas dantescas, incutirem ideias absurdas no imaginário popular. Como, geralmente, as pessoas respondem aos estímulos que recebem do ambiente sem colocá-los à prova, não raras vezes, o engano prospera.
Desde os tempos antigos, a questão do conhecimento tem sido seriíssima, porque conhecimento é poder em potencial, mas nem todos o detém suficientemente. Daí, uns influenciam outros, mesmo com tétricas ideias.
Pesquisas indicam que o percentual de quem raciocina sobre o fundamento daquilo em que acredita, gira em torno de 10 a 15%, enquanto que, geralmente, as opiniões de influencers são aceitas sem averiguações.
Ante a esse fato não é de se estranhar que um grande contingente de pessoas, no mundo inteiro, poderia ser denominado de seguidores. Estes, guiados por aqueles “iluminados”, seguem como uma boiada.
Invariavelmente, quando algum detentor desse poder midiático se corrompe, o que não é surpresa em se tratando de humanos, potencializa-se os riscos de eventual manipulação das massas.
Como agravante nos dias hodiernos essa tendência vem se multiplicando, porque supostos “especialistas” tem se achado com o direito de opinarem sobre questões morais.
Inclusive, algumas esferas da decisão que deveriam prezar pelos valores morais da sociedade, muito bem aparelhadas, atuam para fins opostos à sua finalidade e, com isso, o caos triunfa.
Lamentavelmente, o progressismo, com seus sofismas, tem contribuído para desconstruir as bases morais da sociedade e, quiçá, construir algo que nem ele mesmo sabe ao certo o que será.
Diante da inversão de valores, subversão da antiga ordem moral e social e, ultimamente, agressivas investidas contra o sagrado, a antiga moralidade está sendo triturada. O que ainda resta dela é rotulada de arcaica e brega.
Nestes tempos sombrios e hostis, a humanidade subornada, que agoniza sorrindo, sem se dar conta, troca a verdade pela mentira, o certo pelo errado, o claro pelo escuro, o bom pelo mau, e a vida pela morte.
Não sabemos o que vai restar disso no final. Pensar no futuro é assustador. É difícil prever como ele será. No entanto, 600 anos a. C., o profeta Jeremias já afirmava que o povo abandonou a água viva, e cavou cisternas rachadas que não retém a água.
O problema do homem é o próprio homem. Contudo, o homem não reconhece seu estado caído. E sempre foi assim. O problema de Eva era Eva. Ela culpou a serpente. O problema de Adão era Adão. Ele culpou a sua mulher. Tem sido desse jeito até hoje.
A zona de conforto atrai. Não assumir responsabilidade e culpar outros pelos erros é um imbróglio da humanidade. Fala-se que o mundo é perigoso e mau, mas convenhamos os homens têm sido coniventes com essa realidade.
O conselho é: “Quem ainda está de pé olhe, veja e não caia”. As atrações dos shoppings centers da vida estão por todo lado. Prudência é indispensável para não ser manipulado. Lamentavelmente muitos, iludidos, pagam caro demais por algo que imaginam ser a felicidade, mas acabam encontrando caminhos de morte. Olhando para Cristo, você pode evitar o risco da manipulação e, assim, dar um sentido mais espiritual à sua vida.
Clovis Rosa Nery é Psicólogo, pesquisador e escritor