21.6 C
Vitória
sexta-feira, 19 abril 2024

O que estamos fazendo com a nossa liberdade religiosa?

A igreja brasileira preferiu participar de cultos online. Isso é saber aproveitar a liberdade de culto ou pouco caso com a reunião congregacional? 

O Brasil, um Estado democrático de direito, todos os seus cidadãos e estrangeiros que aqui residem têm liberdade para escolher sua religião, praticar e professar sua fé seja no privado ou em público. O governo brasileiro não pode nos impedir de adotar uma ou outra confissão de fé. Liberdade religiosa, um direito humano! A liberdade religiosa brasileira é garantida pela Constituição de 1988 e está descrita em seu artigo 5º, inciso VI: “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.

O pastor e missionário Gerson Borges, da Comunidade de Jesus no ABC, há alguns anos, fez uma viagem missionária em parceria com a Portas Abertas que incluiu Turquia, Albânia e Ásia Central. Ele diz que ministrou tanto em cultos de igrejas oficiais quanto em reuniões da Igreja Perseguida. “Em ambos, tive o sentimento sobre o que estamos fazendo com a nossa liberdade religiosa no Brasil. Muitas são as possíveis respostas — a primeira delas é, sem dúvida, pouco caso ou desprezo. Banalização”, afirma.

Se nos momentos críticos da COVID-19 falamos “fiquem em casa”, agora devemos dizer o contrário: “Não fiquem em casa! Voltem para a ‘igreja’!” É preciso valorizar de verdade a liberdade que temos — tanto religiosa quanto de reunião. “Ah, como os irmãos que conheci na Ásia Central desejam essa cidadania! Ah, como gostariam de se reunir onde, quando e como quiserem — dentro dos limites da paz pública — para adorar ao Cristo ressurreto, mas não podem.

No entanto, afirma Gerson Borges, tem crescido consideravelmente o número de “desigrejados” ou os “sem igreja”, gente que acha possível viver a fé cristã essencialmente comunitária, porque o Deus da Bíblia é uma eterna comunhão de amor entre pai, filho e Espírito Santo. “Ensimesmados, em casa, diante da tela do YouTube, desprezando a comunhão cristã e essa benção que é a liberdade de crença e religião. Gente precisa de gente! Crente precisa de crente! O autor da carta aos Hebreus nos admoesta: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns” (Hebreus 10.25).

- Continua após a publicidade -

A pergunta continua ardendo nos nossos ouvidos e corações: o que estamos fazendo com a nossa liberdade?

“Ao celebrarmos os 465 anos do primeiro culto protestante no Brasil, vemos igrejas que se esvaziaram e que se esvaziam não mais por medo de contágio de COVID-19 mas por pura frieza, comodismo e desprezo à preciosa liberdade que usufruímos”, afirma o pastor.

William Wiberforce, político cristão evangélico que lutou pelo fim da escravidão africana na Inglaterra dizia: “O Cristianismo, especialmente, sempre prosperou sob perseguição. Nessa época, não possui professores mornos. Quando a religião está em um estado de quietude externa e prosperidade, o contrário de tudo isso ocorre naturalmente. Os soldados da igreja militante se esquecem, então, que estão em estado de guerra. Seu entusiasmo diminui, seu zelo definha.”

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -