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sexta-feira, 19 abril 2024

O papel da mulher na igreja!

“Quando não sabemos quem somos nem para que existimos, a tendência é nos amoldarmos as expectativas sociais, que nem sempre coincidirão com o que Deus espera de nós”

Por Debora Fonseca

O termo papel apresenta várias concepções. Por papel social, entende-se o conjunto de comportamentos que é esperado de uma pessoa de acordo com seu nível social, cultural e situacional.

Assim, uma mulher pode desempenhar vários papéis ao longo de sua vida. Podemos ser filhas, esposas, mães, profissionais, etc, o que pode levar-nos a uma fragmentação identitária, diante das expectativas ao nosso respeito em cada um desses segmentos.

Ao pensarmos sobre o tema em destaque cumpre indagarmos o quanto estamos vivenciando nossa identidade e missão, o que poderá coincidir ou não com as expectativas do meio, ou, o quanto estamos apenas performando, numa tentativa de atendermos ao que o grupo espera de nós.

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Essa segunda hipótese remete a uma personalidade insegura, que revela ainda não possuir clareza sobre quem é e para que existe nesse mundo, ou, a alguém que está em situação de desobediência ao que Deus espera dela, vivendo mais para agradar aos outros do que a Ele.

Quando não sabemos quem somos nem para que existimos, a tendência é nos amoldarmos as expectativas sociais, que nem sempre coincidirão com o que Deus espera de nós!

Há uma mulher na bíblia que muito nos ensina sobre identidade e missão. Essa mulher foi Débora! Débora, foi uma mulher que não pareceu se distrair com expectativas alheias, não vivendo para performar. Focada e determinada, ela abraçou e viveu intensamente sua identidade e propósito e ao fazê-lo, sua “igreja” foi abençoada.

Sempre que vivemos o que Deus espera de nós, nossa igreja é abençoada! Mas quem foi Débora? A bíblia nos conta que Débora foi profetisa, esposa de Lapidote, e juíza de Israel naquele tempo, Jz 4.4.

E que tempo foi esse? Um tempo em que não haviam reis em Israel e que cada qual fazia o que achava mais reto; Um tempo de profunda opressão, onde mulheres eram tratadas de forma vil, veja os capítulos 19 e 20 de Juízes; Um tempo em que todos os juízes levantados por Deus foram homens, e Débora, a única mulher do grupo, se destacou como liderança piedosa, corajosa e íntegra, em contraste com seus pares.

Portanto, antes de questionarmos sobre qual é nosso papel como mulheres na igreja, ou em qualquer outro segmento social, cabe a nós refletirmos se temos conhecido de fato nossa identidade e missão em Cristo , e se assim como Débora temos abraçado o que foi traçado pelo Senhor para nós, desde a eternidade.

Quando assim fazemos, nosso ser e fazer são autenticados pelo próprio Deus. O texto revela que os filhos de Israel subiam a Débora a juízo, reconhecendo nela a unção do Senhor, vs. 05. Sua autoridade foi respeitada pelo próprio comandante do exército, vs. 06 a 16. E durante sua liderança, a terra ficou em paz durante 40 anos, vs. 31b.

“Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico…” Glória a Deus que ela despertou! Glória a Deus que Ele continua despertando mulheres para abraçarem com tranquilidade e obediência sua identidade e propósito de existir. Quando isso se dá, nossa vida encontra significado e nossa comunidade, incluindo a igreja, é abençoada!

Deus abençoe!

Débora Fonseca e Cunha é formada em Direito e Psicologia, atua no aconselhamento cristão na área da sexualidade humana há mais de 20 anos é autora de livros com temáticas sexuais, de dependência e codependência emocional.

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