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sexta-feira, 19 abril 2024

O Papa e a maionese

É óbvio que o papa tem direito de receber qualquer pessoa em sua casa, falar o que quiser e mostrar sua indignação com as injustiças cometidas contra pessoas que estão sofrendo nas mãos dos maus. Quando ele levanta sua voz contra a xenofobia ou contra a maioria das sociofobias patológicas incrustradas em nossas culturas, é uma voz que deve ser ouvida. Entretanto, confesso que fico assustado quando ele coloca que as ideologias políticas estão no mesmo nível das Escrituras.

Ele se torna, como se diz em estatística, um ponto fora da curva quando afirma “Quem sou eu para julgar os gays?”. Ou quando diz não crer que Jesus seja a encarnação de Deus, ou quando afirma acreditar no “aniquilacionismo” e que “católicos não precisam procriar como coelhos”.

E ainda quando garante aceitar a evolução como padrão de criação de Deus, entre outras tantas declarações no mínimo polêmicas no âmbito religioso.

Não creio, como Calvino, Lutero e muitos outros teólogos reformados, que o papa seja o anticristo (assumo as consequências), mas que todas essas declarações e atitudes recentes dele nos deixam assustados, isso deixa. Talvez a pergunta seja: aonde ele quer chegar? Ou qual o propósito disso? Acho mesmo que ele acredita piamente que a mensagem de Cristo e a ideologia socialista são complementares ou talvez muito semelhantes.

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Para quem assim crê, é óbvio que o ponto de chegada é um só: um mundo ilusório onde todos são iguais. A Igreja Católica Apostólica Romana (Icar) já foi mais relutante com os desvios, mas este papa está cada dia mais escorregando na maionese.

FUTURO SEM BOLA DE CRISTAL

Não há mais dúvidas quanto ao estado de guerra que estamos vivendo. Não é esquerda x direita, progressista x conservadores, mas a guerra é: todos contra o cristianismo. O mundo, depois de invadir os meios de divulgação, depois de se apropriar das nossas escolas, das empresas, dos organismos políticos, agora está invadindo nossas igrejas, seja pela descaracterização da mensagem do Evangelho, seja pela aculturação dos valores divinos.

O Papa e a maionese

Viramos a bola da vez e a última trincheira para ser destruída pelo diabo. Não sei se somos mais ou menos importantes no contexto nacional, se vamos ou não decidir eleições, se vamos derrubar os paradigmas da sociedade… O que sei é que a situação está se complicando. Até parece que Paulo, ao falar às igrejas da Galácia, estava se dirigindo a nós, que estamos passando muito rapidamente para um outro (heteros) Evangelho.

Cada dia mais me convenço de que estamos diante de uma nova realidade espiritual, contextualizada e adaptada ao gosto do século 21, na qual os novos profetas, com suas próprias mensagens, foram comissionados para entregar, em nome de Deus, um Evangelho dissociado das Escrituras.

Vejo dois resultados futuros: a) estamos nos autodestruindo e decretando o fim da Igreja; b) estamos trocando a simplicidade da fé pela vaidade da mentira. Que Deus tenha piedade de nós.

WHATSAPP: COMO DESTRUIR UMA AMIZADE

Por incrível que pareça, uma das reclamações mais comuns que tenho recebido é: como o WhatsApp tem destruído inúmeras amizades! Pouco tempo atrás, mesmo com todas as diferenças (políticas & religiosas), vivíamos bem e mantínhamos uma certa amizade, desfrutando bons momentos com nossos amigos. Mas hoje tudo está diferente.

Outro dia, me adicionaram em um grupo de pessoas que viveu uma época dourada da evangelização em nossa cidade. Éramos muito amigos e sempre estávamos juntos, mas fomos nos casando, emprego, viagens, mudanças… Acabamos ficando longe uns dos outros. Foi quando alguém criou um grupo e foi adicionando um, outro, mais outro, e já éramos mais de 100. Foi quando começaram as brigas e desavenças. Limitaram os assuntos. Não podia falar de política nem de governo. Depois não podia falar de assuntos profissionais.

As mulheres reclamaram e os homens tiveram de deixar as brincadeiras de futebol (e outros esportes) de fora. Assuntos familiares, nem pensar. E assim foi até descobrir que o único assunto de que podíamos falar era sobre quem morreu esta semana!

Do mesmo jeito que o WhatsApp foi uma bênção para nos comunicar, tem sido um fator de desajuste devido a nossas diferenças, deixando à mostra toda a nossa mentira de que amamos uns aos outros. Estou acreditando que os cristãos são muito mais intolerantes do que os intolerantes.

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