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segunda-feira, 9 DE setembro DE 2024

Sinais e maravilhas na igreja de hoje

As escrituras mostram quatro períodos de manifestações incomuns que sinalizam o poder de Deus. O objetivo era conferir autoridade àqueles que Ele estava usando

Por Joarês Mendes de Freitas

O tema divide opiniões. Alguns acham que a época dessas manifestações especiais é coisa do passado; outros entendem que, em certos cenários, elas são necessárias. John Stott fala sobre o perigo de uma posição dogmática sobre o assunto. Para ele, “dizer que milagres não acontecem mais hoje é uma posição difícil de ser mantida por um cristão. O Deus em quem cremos é livre e soberano. Ele não somente pode operar milagres, como os tem feito. Quem pode restringir o seu poder e dizer o que ele faz ou deixa de fazer?” (Batismo e plenitude do Espírito Santo, p.101).

As escrituras mostram quatro períodos de manifestações incomuns que sinalizam o poder de Deus em ação. O objetivo desses milagres era conferir autoridade àqueles que Deus estava usando.

O primeiro período foi com Moisés no Egito. As manifestações feitas ali não tinham o propósito de convencer o faraó, pois Deus é quem endurecia o coração do rei. Os sinais realizados visavam despertar a fé dos filhos de Israel que estavam acomodados e autorizar Moisés como seu enviado.

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O segundo período de milagres teve Elias como protagonista. A nação estava totalmente afastada de Deus. Os prodígios tinham o objetivo de levar o povo de volta para Deus, através do seu profeta.

O terceiro período veio com o Messias e foi o mais intenso de todos. Os evangelhos contam ao menos 35 milagres de Jesus, indicando a chegada do reino. Em Lucas 7.18-23, João Batista envia dois discípulos para saber se Jesus era o Cristo. Na presença deles, Jesus faz alguns milagres e diz: “Vão e anunciem a João o que viram e ouviram” (v.22). Diante da acusação dos fariseus, Jesus fala: “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o reino de Deus” (Mateus 12.28). João, no seu evangelho, refere-se aos milagres de Jesus como sinais do reino.

O quarto período dos milagres foi o apostólico e do início da igreja. Atos 2.43 diz que: “Muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos”. Manifestações do poder de Deus são comuns em Atos para autenticar a pregação do evangelho. Mais tarde, Paulo vai dizer que o seu ministério era confirmado com sinais, prodígios e maravilhas (II Coríntios 12.11-12).

Hoje, o evangelho está em quase todo o mundo. Parece natural que, em alguns contextos, Deus use milagres para validar a pregação. Billy Graham diz: “Quanto mais nos aproximarmos do fim dos tempos, eu creio que veremos um aumento dramático de sinais e maravilhas, que demonstrarão o poder de Deus a um mundo cético” (O poder do Espírito Santo, p.193).

Em João 14.12, Jesus diz que “obras maiores seriam feitas pelos que cressem nele”. Não parece que se referia apenas à salvação, uma vez que essa é iniciativa de Deus. Não há evidência bíblica suficiente para afirmar que o tempo dos sinais tenha passado. I Coríntios 13. 8-10 diz que isso acontecerá quando vier o que é perfeito. Ainda não chegamos a essa era.

O fato de haver muito abuso nessa questão não impede que Deus faça ainda hoje as obras prodigiosas que fez no passado.

Joarês Mendes de Freitas é pastor emérito da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, Vitória, ES.

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