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quinta-feira, 18 abril 2024

O Leão da Tribo do Brasil

“Sócio-sustentabilidade” e “responsabilidade social” são temáticas que nos arremetem para as questões relacionadas à ética, aos valores morais, à prática da justiça, à promoção da paz, dentre outras cujos propósitos residem na construção de sociedades ajustadas, saudáveis e estáveis. Gosto de pensar primordialmente na sustentabilidade da sociedade antes mesmo de pensar na da Oikós.

Assim, sob este guarda-chuva estão todos os temas que podem danificar ou edificar uma sociedade, a depender da forma como, tanto os governantes quanto o povo, lidamos com as complexidades inerentes.

Em tempos de Declaração de Ajuste Fiscal, mais conhecido como Imposto de Renda, vale à pena pensar na forma como nos relacionamos com as nossas obrigações sociais.
Do ponto-de-vista da carga tributária, se considerarmos os já conhecidos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China, e incluírmos aqui África do Sul], nosso país ocupa a pior posição e está na 31ª colocação, enquanto que Rússia está na 32ª, India está na 98ª, China na 102ª e África do Sul na 66ª. Quanto menor a classificação, pior a situação.

A carga tributária brasileira, segundo o último levantamento, custa ao cidadão cerca de 35% de sua renda. Considerando todos os países da América Latina, nossa nação tem a segunda maior carga tributária, perdendo apenas para Cuba, cuja tributação chega aos exagerados 41,2%. Nossos hermanos argentinos têm uma carga da ordem de 25%.

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A Bíblia nos tem advertido que o governante justo sustém a nação, mas que aquele que é amigo de impostos transtorna a terra (Pv 29.4). O que exacerba o peso tributário que tem vindo sobre o povo brasileiro é o mau uso que tem sido feito dos recursos recolhidos pelos cofres públicos, sobretudo pelo enriquecimento ilícito dos homens públicos e pelo volume de notícias que chegam até nós sob o tema da corrupção.

A infidelidade governamental, contudo, não pode justificar a infidelidade do povo, sobretudo daqueles que têm Jesus como modelo. Este, durante seu ministério na terra, deixou um ensino bem simples, mas muito direto, com relação à nossa responsabilidade fiscal. “Daí a César o que é de César” ( Mt 22) representa o nosso papel nos caminhos da justiça.

Só seremos abençoados se nos enquadrarmos nos procedimentos ensinados por Jesus, quer sejamos empresários, que lutamos para tornar nossos negócios rentáveis mesmo ante tamanho peso fiscal, quer sejamos ‘pessoas físicas’, que, no momento da emissão da nossa Declaração de Imposto de Renda, descobrimos que ainda temos que depositar uma quantia adicional à que já fora retida na fonte.

Responsabilidade social ou fiscal e fidelidade à Palavra de Deus nos chamam aos mesmos níveis de procedimentos. Ficar revoltado, sonegar imposto, murmurar, comprar recibos com valores a maior etc. não são as armas da justiça que Deus tem disponibilizado aos seus filhos.

Precisamos aprender o caminho de Salomão e encontrar as veredas da sabedoria para que possamos agir na mudança das nossas realidades nacionais, elegendo melhores governantes [e este é um ano para tal], ou ocupando posições estratégicas na política e na economia nacional, para que nos tornemos verdadeiros agentes da transformação social que tanto clamamos.

Nisso pensai!

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