Segundo Teofilo Hayashi, essa situação está acontecendo devido “aos crentes seculares, que refletem uma Igreja fraca”
Por Patricia Scott
O islamismo tem crescido entre os jovens no Ocidente, o que é o reflexo de uma Igreja secularizada. O alerta foi feito pelo pastor Teofilo Hayashi, líder da Zion Church e do movimento Dunamis, no Instagram, na última semana.
Ele divulgou um vídeo da conversão de jovens ao Islã na Inglaterra. “Estou falando do Reino Unido nos dias de hoje. Essa mesma Inglaterra de John Wesley, do grande missionário William Carey, do grande pregador Charles Spurgeon, George Whitefield, está passando por isso hoje, no mundo ocidental”.
Em seguida, o pastor advertiu: “E você que está me assistindo do Brasil pensa: ‘Isso nunca vai chegar ao Brasil’. É o que eles pensavam anos atrás”. No entanto, segundo o pastor, para que o mesmo não ocorra no Brasil nesta geração, é preciso que os cristãos avaliem a saúde espiritual das igrejas.
Isto porque, na visão de Teo, o crescimento do número de conversões ao islã, no Ocidente, representa o resultado de um Evangelho e de uma Igreja secularizada. “Isso só acontece porque existem crentes seculares. Quando há uma Igreja fraca, isso é permitido”.
Hayashi salientou que o cristão convertido precisa passar por uma transformação de vida. “O problema é que o cara permanece do jeito que ele veio, incluindo a normalização de formas alternativas de casamento e família. Tudo aquilo que não é de acordo com o padrão bíblico de casamento não deveria ser normal para o cristão”, advertiu o líder, questionando: “A tua ética sexual é bíblica ou secular?”.
Sinais da secularização
Alguns sinais foram destacados por Teo para sinalizar uma igreja está secularizada. “Número 1: quando a pregação é muito mais popular do que uma mensagem que quer adereçar aquilo que seja culturalmente controverso”.
De acordo com o líder religioso, “muitas vezes, pastores evitam pregar os padrões bíblicos de moralidade, tentando ser relevante demais na cultura secular e se preocupando bastante em não ofender os visitantes ou os neófitos na fé. E o resultado é uma igreja que prega um Evangelho parcial, que é impotente. Sem renovação da mente, você tem crentes seculares”.
Outro sinal, disse Teo, é a ausência de padrões para exercer liderança na igreja. “Existem diversas igrejas onde não há crivo, processo para servir em liderança. Tem gente servindo nas igrejas em posições de liderança em fornicação, morando com o namorado”.
O terceiro, conforme ele destacou, é a secularização da igreja, que tem maior foco no entretenimento do que no discipulado. “Quando a nossa cultura do entretenimento está muito mais enfatizada do que a do discipulado bíblico, vamos ter um problema. Eu não sou contra você dar uma boa experiência, mas quando isso é enfatizado, a igreja está rumo à secularização”.
Já o quarto sinal de uma igreja secularizada é o culto ao homem e às obras da carne. “Quando a igreja demonstra uma cultura de ganância, opulência, narcisismo, mais evidente do que uma cultura de sacrifício e de generosidade, a igreja está secularizada”, alertou e completou: “E quando a mensagem que sai dos nossos púlpitos está fomentando no coração daquele que escuta a mensagem um desejo desvairado de usar sua fé para seus próprios ganhos egocêntricos, a igreja está fraca e está fadada a se tornar vulnerável”.
Evangelho fraco
O pastor pontuou ainda que a pregação de um Evangelho incompleto e sem cruz também é sinal de secularização. “Quando Jesus é pregado e apresentado apenas como Salvador, e não como Rei e Senhor, temos sérios problemas. Haverá um bando de crentes sem nenhuma transformação de vida, que pensa: ‘Eu sou salvo, mas quem ainda manda na minha vida sou eu’”, advertiu.
Hayashi afirmou também que não contemplar a cruz, o sacrifício de Jesus e o negar-se a si mesmo é um “Evangelho fraco, que produz igrejas fracas. Elas contém crentes fracos, que serão comidos vivos por todo tipo de engano e de mentira”.
Por fim, o pastor Teo Hayashi exortou os cristãos, que acreditam que a realidade do outro lado do mundo está distante da que vivencia. “Era justamente esse o pensamento que eles [ingleses] tinham há 20 anos. Você que está na casa dos 20 a 40 anos, entenda: se você não discipular o mundo, o mundo vai discipular a próxima geração”.