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sexta-feira, 29 março 2024

O craque do evangelismo

O craque do evangelismo
Por Atilano Muradas


O futebol é arte diferenciada porque engloba outras artes: matemática, estatística, administração, etc. Não bastou a ele participar de Olimpíadas. Precisou ter sua própria competição. Dizem que o interesse principal do futebol é financeiro. Será? Se observarmos jogadores e “torcedores voluntários” ao redor do planeta, veremos que a maior parte não pratica futebol por dinheiro. Inexplicavelmente, o futebol arrebata o homem e a mulher, o rico e o pobre, o novo e o velho, o culto e o inculto, o ocidental e o oriental, o preto e o branco, e é, ao mesmo tempo, coisa de criança e de gente grande. No passado, cristãos eram orientados a fugir do futebol, porém hoje são incentivados a praticá-lo também com fins evangelísticos.

Mas para que a pregação seja eficaz, é necessário certo “fanatismo cristão”, no bom sentido, além de paciência para esperar os resultados. Pesquisas comprovam que as pessoas estão dispostas a ouvir com atenção até cinco minutos de uma explanação religiosa, pois elas finalmente perceberam que o Evangelho é saudável e melhora a sociedade. Tal qual um jogador fanático, o evangelista determinado terá que rejeitar coisas que o desviem do caminho de ser um craque na pregação.

Atividades que não contribuem para o objetivo evangelístico devem ser colocadas de lado. Além disso, o evangelista determinado terá que vencer barreiras pessoais (timidez, preguiça, falta de fé) e ainda desenvolver habilidades que talvez não tenha, tais como, memorização de versículos e estratégias de abordagem. Ser um craque do evangelismo é tão trabalhoso quanto ser do futebol. Os jogadores Pelé e Ronaldo, por exemplo, sempre treinavam depois do expediente. Mais esforçado deve ser o craque do evangelismo, trabalhando, inclusive, nas madrugadas a fim de alcançar os perdidos.

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Para o futebolista, estufar a rede é tudo, toda via, para o evangelista, o importante é a rede transbordando de peixes convertidos. Jogadores mudam de time, enquanto evangelistas estão sempre no mesmo time, o Reino de Deus, cujo técnico é Jesus, o filho do Presidente. Por fim, a maior diferença entre o futebolista e o evangelista é o tempo de serviço. Futebolista atuante com mais de 35 anos é exceção. Já o evangelista só pendura as chuteiras quando morre. Nunca me esquecerei do que me pediu o pastor Sebastião Tillmann, 90 anos, acamado, com problemas de audição e visão: “Ore para que eu consiga ler a Bíblia, me levantar e continuar o trabalho de evangelização”. Homens como esse é que deveríamos chamar de “Atleta do Século” e “Fenômeno”.

Eles podem dizer “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7). O futebol é ótimo, mas nasceu na Terra e aqui ficará, enquanto a pregação da Palavra de Deus leva o pecador ao Céu. Jogadores podem levar uma nação à glória, mas os evangelistas podem levar todas as nações, os jogadores, a comissão técnica e a torcida da Seleção Brasileira e dos outros times para o time do nosso Presidente, o Deus da Eternidade. Portanto,evangelistas, a bola agora está com vocês. O cronômetro já foi disparado.

Jornalista,teólogo, escritor e compositor.Possui três livros publicados pelas editoras Vida e Betânia, nove CDs gravados e recebeu o Premio Areté em 2004. Atualmente, reside em Belo Horizonte-MG, é pastor na Igreja Batista da Lagoinha, professor no Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono (CTMDT) e editor-chefe do jornal Atos Hoje. Site: www.atilanomuradas.com

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