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terça-feira, 8 DE outubro DE 2024

O celular pode acabar com sua saúde!

Foto: FreePik

Moderar o uso de smartphones é essencial para preservar a saúde mental, física e espiritual em um mundo cada vez mais conectado

Por Patrícia Esteves 

O uso de smartphones se tornou parte integral da vida cotidiana, transformando a maneira como o ser humano se comunica, informa, trabalha e entretém. No entanto, essa dependência tecnológica também traz preocupações crescentes em relação à saúde mental e física. Quais são os efeitos prejudiciais do uso excessivo de celulares e redes sociais, especialmente quando se está constantemente conectado?

O médico cardiologista Bruno Colontoni, membro da Igreja do Nazareno, em Campinas (SP), alerta que o impacto vai além da distração momentânea, afetando diretamente nosso bem-estar, sono, postura e equilíbrio emocional. Segundo ele, o uso constante de redes sociais e a sobrecarga de notificações mantêm o indivíduo em um estado de alerta contínuo, o que prejudica a saúde mental.

“Vivemos em uma sociedade 24 por 7, onde as pessoas ficam dependentes de estímulos visuais e emocionais, gerando um estado constante de alerta”, explica o médico. Isso afeta o sono, o bem-estar mental e até a saúde do coração, refletindo-se diretamente na redução da qualidade de vida.

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Além disso, ele destaca que a constante exposição às redes sociais alimenta uma necessidade contínua de validação e comparação com os outros, o que pode gerar sentimentos de inadequação e ansiedade. “A pressão para se mostrar sempre feliz, produtivo e bem-sucedido é grande, o que muitas vezes leva à frustração e à sensação de que nossa vida não é suficiente”, acrescenta.

O celular pode acabar com sua saúde!
Bruno Colontoni alerta que o uso excessivo de dispositivos móveis afeta a capacidade de estar plenamente presente nas relações interpessoais – Foto: Arquivo Pessoal

A Bíblia orienta a encontrar equilíbrio em todas as coisas. Em Eclesiastes 3:1, está escrito: “Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu”. Essa sabedoria ajuda a lembrar da importância de respeitar os ciclos de descanso e trabalho, algo que a tecnologia moderna tem comprometido. “As redes sociais podem nos prender em um ciclo de comparação com as vidas perfeitas que são exibidas ali”, comenta o médico e complementa: “Devemos entender que o que vemos é apenas um recorte, para que isso não venha a gerar insatisfação pessoal e até depressão”.

O celular e a saúde

O uso prolongado de celulares também pode interferir na qualidade do sono. A luz azul dos dispositivos, especialmente à noite, atrapalha a produção de melatonina, o hormônio do sono. “A orientação é interromper o uso do celular pelo menos uma hora antes de dormir”, alerta o cardiologista. Ele explica que a exposição contínua à luz do celular faz o cérebro entender que é hora de despertar, o que afeta gravemente o sono e pode gerar problemas como ansiedade e compulsão.

O médico também ressalta como o uso excessivo de dispositivos móveis afeta a capacidade de estar plenamente presente nas relações interpessoais. “O tempo que passamos nas redes sociais muitas vezes rouba a qualidade dos momentos que poderíamos estar dedicando a conversas reais e profundas com amigos e familiares”, disse. Bruno acredita que isso também contribui para o isolamento emocional, outro fator que aumenta o risco de ansiedade e depressão.

A postura física também é impactada. O chamado “pescoço de texto” é o resultado da inclinação constante da cabeça enquanto se olha para o celular, o que pode causar dores na coluna e outras partes do corpo. O médico ressalta a importância de se movimentar e alongar-se regularmente. “Manter-se ativo é fundamental, e o celular, quando mal utilizado, pode contribuir para o sedentarismo, que é uma das maiores pandemias da sociedade moderna”, ensina.

O especialista ainda alerta para o impacto no estilo de vida sedentário, afirmando que o celular se torna uma armadilha que mantém as pessoas presas em inatividade física. “O sedentarismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade, e o uso contínuo do celular está diretamente ligado a essa realidade”, afirma ele.

A Bíblia ensina que o corpo é “templo do Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19), e cuidar dele é uma responsabilidade que deve ser levada a sério. O uso excessivo de celulares e a vida sedentária associada a ele podem afastar o cristão dessa responsabilidade. Assim, é essencial encontrar um equilíbrio saudável, seguindo os princípios da moderação e autocontrole, como ensina Gálatas 5:23.

O celular, embora útil, pode se tornar uma armadilha se não for usado com sabedoria. Para preservar a saúde mental, relacional, física e espiritual, é importante buscar um equilíbrio que respeite os limites do corpo e do espírito. Segundo Colontoni, a tecnologia deve servir como ferramenta, e não como fonte de dependência e desequilíbrio na vida.

Melhore sua relação com o celular e preserve a saúde:

1. Defina limites de tempo

2. Desative notificações não essenciais

3. Estabeleça períodos de desconexão

4. Cuide da qualidade do sono

5. Pratique atividade física regular

6. Adote posturas saudáveis

7. Monitore seu bem-estar mental

8. Busque interações reais

9. Eduque-se sobre o uso saudável da tecnologia

10. Pratique a moderação

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